30 || D i a (I n) F e l i z

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Ariana

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Ariana

DEPOIS DE MUITOS ANOS difíceis, eu finalmente acordei revigorada, feliz. Andei lentamente para o banheiro e tomei um banho relaxante, cantando algumas músicas. Vesti o uniforme e fui tomar o café da manhã como sempre faço. Hoje, decidi me sentar ao lado de Christian.

— Tem algo diferente em você. — comentou.

— Em mim? — disse, surpresa. — O que é?

— Parece estar mais feliz.

Ri com sua resposta. Como em não estaria feliz com nosso encontro de ontem? Por debaixo da mesa, ele entrelaçou nossos dedos. Sobre meu prato, havia batata cortada em rodelas, ovo e chá gelado de pêssego. Comi devagar, saboreando a comida. Todos nós ficamos conversando sobre diversos assuntos, rindo e se divertindo. Eu me sentia verdadeiramente, simplesmente feliz.

Quando o rei acabava de comer, era etiqueta todos pararem, e foi assim que aconteceu. Pedi licença e subi para meu quarto para escovar os dentes. Quando desci, apenas Elizabeth estava no carro. Me sentei ao lado.

— Parabéns. Você conseguiu o que queria. — ela disse, sem me olhar.

— O que?

Ela me encarou.

— Foi a primeira a realmente conquistar o coração do meu irmão depois de Charlotte. Mas não se preocupe. Quando ela voltar ele vai correr para os braços dela como um cachorrinho sentindo falta do seu dono. — riu.

Eu estava feliz demais para deixá-la me atingir assim. Se a gente ligasse sempre para o que os outros dizem sobre nós, nunca seríamos felizes de fato.

— Não sei quem é essa Charlotte; para mim não importa. Você diz isso apenas porque Chris não quis sua amiguinha Violet, então vê se para de encher meu saco criando boatinhos falsos.

Ela se calou na hora e ficou com a cara fechada e avermelhada, mas logo retomou coragem para brigar.

— Charlotte deixou Christian para fazer faculdade de medicina, seu sonho há três anos. Mas ela prometeu que voltaria para ele na frente de todos.

Eu ia rebater, porém Isabel chegou no exato momento.

— O que houve? Aconteceu algo?

— Nada. — respondi.

— Vamos logo. — Eliza reclamou.

O carro começou a andar. Hoje não vou deixar nada tirar esse raro sorriso do rosto.

- •• -

Uma das primeiras aulas foram a de química, bem chata. O professor ficou falando de isótopos e isóbaros.

A próxima após essa seria mais legal: natação. Fui até o vestiário com um grupo de meninas e vesti um maiô azul marinho. Eu gostava bastante de nadar. Não era a mais rápida, mas possuía um ótimo fôlego.

Como a professora não tinha chegado ainda, nós começamos a brincar de marco-polo e empurrar água umas nas outras. Eu não sabia se podia considerá-las amigas de verdade ou pessoas conhecidas. Eu sentia um pouco de interesse por parte delas.

— Vamos brincar de verdade ou desafio. — Helena, uma menina loira, sugeriu.

Alguém pegou uma garrafa cheia de ar e colocou no centro de todas nós. Giraram.

— Verdade ou desafio?

— Desafio.

— Te desafio a ir ao vestiário masculino e dizer que esqueceu sua calcinha lá.

Todas as garotas se entreolharam. A menina respirou fundou e foi para a borda, subindo. Outras garotas foram para verificar se ela iria cumprir o desafio. As que ficaram voltaram a jogar. Caiu em mim.

— Verdade. — disse rapidamente. Não queria arranjar problemas hoje.

— É verdade que você e o príncipe já... fizeram aquilo?

Coloquei a mão na boca, surpresa.

— Óbvio que não... Ainda sou virgem. — admiti, com um sorriso de constrangimento.

Já estavam indo girar a garrafa de novo, mas o grupo de meninas voltaram com um funcionário e a coordenadora.

— Quem começou essa brincadeira?!

- •• -

Eu estava terminando de enxugar meus cabelos com uma toalha em frente ao espelho. Teríamos uma hora de intervalo para almoçar. Abri meu armário para pegar minha mochila, mas um bilhete caiu no chão. Era um pequeno pedaço de papel. Desdobrei.

"Apoiou o lado errado. Tudo é sua culpa. Agora pague as consequências. De sangue por sangue."

Estava escrita em uma caneta vermelha. Olhei para os lados. Não tinha ninguém por perto. Quem escreveu é uma aluna ou um funcionário. Sai daquela área com rapidez, procurando Isabel. Andando até o refeitório com o telefone na mão tentando ligar para Christian, paralisei com o barulho de uma explosão seguido por gritos como se fosse um filme de terror.

— Ariana? Alô?... O que houve?... Está bem? Por que não responde?

Meus olhos se encheram de lágrimas. Não podia acreditar. Corri em direção ao barulho, onde uma multidão de aglomerava e fui até o centro. Tentavam ligar para a polícia. O muro da escola estava quebrado, cheio de cinzas e uma aluna estava caída no chão. Seu corpo estava retorcido e o cabelo marrom cobria seu rosto. Sangue, muito sangue escorrendo pelo chão.

Não. Isso não pode estar acontecendo. O meu dia deveria ser feliz, não assim.

— É tudo minha culpa, Chris. Ela morreu por minha causa. — disse, chorando. — Se eu entregasse o diário isso nada disso teria acontecido.

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...
Que final pesado! As coisas estão ficando turbulenta em Ephilia. Não tenho muito o que falar...
Estamos quase chegando aos 2k, muito obrigada.
Até o próximo capítulo
Marcela💙

Quase Princesa || Livro 1 [COMPLETO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora