As duas têm um caso...

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Larissa abriu os olhos, com certa dificuldade.

Sua cabeça e o seu corpo doíam insuportavelmente.

Percebeu que estava nua, apenas com pedaços do sobrou da sua roupa lhe cobrindo.

Pegou uma toalha que estava jogada na entrada de casa e se cobriu.

- LARISSA? – Ohana desceu do carro correndo, estava voltando do aeroporto. – Larissa... O que aconteceu? – perguntou aflita ao ver o estado da cunhada.

- Ohana... – derramou lágrimas grossas. Rapidamente, Ohana a abraçou. – Estou com medo. Não deixa ele me pegar, Ohana, por favor, não deixa. – pediu suplicante.

-Pelo amor de Deus... Está com medo de quem? Quem vai te pegar? – perguntava não entendendo o desespero dela.

- Por favor, não deixa... – pediu, ignorando as perguntas da loira.

- Você precisa se acalmar. – separou-se dela. – Vamos entrar, você vai tomar um banho e me contar, com calma, o que aconteceu.

Ohana abraçou Larisaa, de lado, e a levou para dentro de casa.

Maria os viu entrar juntos, bem juntinhas mesmo, e ficou mais desconfiada do que nunca.

Elas subiram para o quarto de Larissa e a mesma foi tomar banho.

Quando saiu do banheiro, Ohana estava sentada na sua cama, visivelmente nervosa ainda, aguardando sua explicação.

- O André, ele... – à essa altura, ela já estava caindo no choro novamente. – Ele me estuprou... – disse por fim.

- Ele fez o quê? – gritou incrédula, levantando da cama. – Aquele miserável teve a coragem de fazer isso com você? – falou passando a mão no rosto, quase fora de si.

- Pois é... Ele... me tomou a força. Eu não quero nem lembrar. – disse com sua voz embargada.

- Se vista. – Ohana ordenou-lhe. – Vamos à delegacia, você vai denunciar aquele cretino. Vai fazer o que eu não tive coragem de fazer quando ele tentou fazer o mesmo comigo! - A expressão no rosto de Larissa agora era de choque. - Se não fosse a sua irmã chegar na hora, aquele filho da puta nojeto também teria me estuprado... Mas eu preferi me calar e olha agora, eu poderia ter evitado que isso acontecesse com você, me perdoa, tá?

Larisaa não falou nada, apenas entrou no closet, pegando sua roupa e entrando no banheiro.

Só Deus sabe a raiva que Ohana estava sentindo.

Quem o safado do André pensava que era para mexer com a SUA mulher?

Ah, mas ela pagaria e bem caro.

- Ohana... mas e se eu denunciar ele e ele vier se vingar de mim? – falava receosa.

- Larissa, coloca na sua cabeça... Dependendo de mim, ninguém nunca mais vai te fazer mal algum. – a abraçou, querendo confortá-la. – Vamos? – Larissa assentiu e saiu do quarto, sendo seguida pela loira .

{...}

Demorou um pouco, mas logo foram atendidas.

Larissa deu seu depoimento e a delegada registrou sua ocorrência como a denuncia.

Eles verificariam o caso e resolveriam o que aconteceria com André.

- Só espero que a justiça não falhe, porque senão eu mesmo trato de resolver isso. – Ohana murmurou com sangue nos olhos.

- Nada disso, eu não quero que você arrume confusão com aquele infeliz por minha causa. – disse séria.

- Ele merece morrer... – cuspiu a palavra com raiva. – E se fosse possível, eu mesmo faria esse favor ao mundo.

- Ohana, nós podemos ir embora? Por favor... – disse a olhando.

Até ela estava com medo do jeito como Ohana falava.

A loira decidiu que por enquanto deixaria quieto e entrou no carro.

{...}

Dois dias se passaram, e nesses dois dias, Ohana e Larissa não comentaram mais nada a respeito de André.

Ohana dava muita força para Larissa, elas até se aproximaram mais, mas não aconteceu nada demais entre as duas.

- Boa tarde... – entrou no quarto de Larissa, sem bater mesmo. – Como você está? – perguntou carinhosa, como vinha sendo desde o ocorrido.

- Estou melhor. – afirmou com a cabeça. – Eu quero agradecer por ter cuidado tão bem de mim. Você tem sido um anjo na minha vida, bom, pelo menos nesse momento... – sorriu de canto.

- Não precisa agradecer. – sorriu.

Por um milésimo de segundo, seus olhares se encontraram.

Ohana aproximou-se de Larissa e tomou seus lábios.

O beijo da morena já havia virado um vicio que tinha o forte gosto de “quero mais”.

Lentamente, Ohana deitou Larissa na cama, sem parar os beijos.

Deu uma apertadinha, de leve, nos seios da morena que suspirou em troca.

Já desfazia o nó do seu vestido, quando Larissa se separa e o empurra para o lado.

- Não dá, eu não consigo. – negou de cabeça baixa. – Ainda estou assustada pelo que aconteceu. – explicou-se. – Sou um fracasso, desculpa...

- Eu quem te peço desculpas... Não se culpa, por favor. – levantou da cama e aproximou-se dela. – Fracassado é o André que teve que te tomar a força, por que não consegue conquistar uma mulher e precisa usar da força pra ter alguma. – levantou a cabeça dela.

- Com licença... – Maria entrou no quarto. – Dona Nanda está aí. – Larissa abriu um largo sorriso e saiu do quarto, correndo.

- A Nanda apareceu? – Maria assentiu, a olhando de cara feia. – O que foi Maria? – estranhou.

- Nada! – Ohana deu de ombros e saiu do quarto. – Então é isso, as duas têm um caso. – sim, Maria estava bisbilhotando desde que Ohana entrou no quarto de Larissa.

Larissa saiu do quarto, aos pinotes, estava com muitas saudades da amiga. Faziam dias que elas não se viam, desde que Nanda foi para o hotel com Matheus.

Chegou à sala e a amiga estava “jogada” no sofá com os pés em cima da mesa de centro, sentindo-se em casa.

- Folgada... – aproximou-se dela e a abraçou. – O que está fazendo aqui? – perguntou, ainda, surpresa.

- Não gostou da visitinha? – perguntou fazendo-se de ofendida.

- Não gostei. – brincou. – Amei. – separou-se da amiga. – Mas o que aconteceu? Pensei que só viria quando fossemos embora.

- Matheus terminou o namoro. – disse com desdém. – O idiota, decidiu que do dia pra noite, é gay... acredita? – Larissa arregalou os olhos. – Ele voltou para os Estados Unidos... Disse que precisava tirar a prova e eu era a melhor pra isso...

- Filho da puta... eu não tô acreditando. – disse totalmente surpresa. – Ele sempre pagou de machão na faculdade...

- Pelo visto as aparências enganam. – deu de ombros. – Mas isso não interessa, eu não gostava dele mesmo. – Larissa riu, sua amiga era uma louca mesmo.

- Estava com tantas saudades suas. – Larissa a abraçou outra vez.

- Eu também, por incrível que pareça, mas não se acostuma. – brincou. - Chega de agarrado, me sinto uma lésbica. - fez uma careta se separando do abraço.

Larissa só fazia rir, e estava precisando daquilo, Nanda era uma maluca, mas a fazia muito bem sempre.

-
Oi nenéns... não rolou nossa maratona mas tá aí o cap de hoje.

Vou dedicar pra pessoa que eu sou mais cadelinha depois da Ohana (se brigar comigo de novo por causa de bbb, vou precisar te bater!) ... adivinhem quem é!

Minha Cunhada - OhanittaWhere stories live. Discover now