𝗧𝗛𝗘 𝗩𝗜𝗖𝗧𝗜𝗠 𝗡𝗨𝗠𝗕𝗘𝗥 𝗦𝗜𝗫 • fack

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Foi assim por três semanas, eu não tinha reação, ninguém sentiu falta, as pessoas nem fingiram ou ligaram.

Nenhuma mensagem de Jack, talvez ele só esteja agindo como auto proteção do por que não se explicou e parou de aparecer.

Naquela manhã ainda com expectativas eu não podia deixar de me fechar mais uma vez e me afundar na mágoa de não te ver com seus agasalhos coloridos.

eu fiquei triste.
Fraco.
Confuso.

Sem notícias pode se passar qualquer coisa em sua cabeça mas a falta de informações que tinha dele eu não conseguia descrever.

E eu me apaixonei pelo garoto do suéter listrado, das mangas compridas e do amarelo mais triste que já vi em uma tarde.

Até seus problemas me fizeram falta.

Eu não estou muito bem, vou pro hospital, não precisa vir me ver.

A resposta de Jack aos meus recados era tão vaga que eu senti que tinha algo errado, mais que muitas coisas, mais que eu e ele.

Não, ele não estava no hospital.

Fui até sua casa assim que me enviou a mensagem, a noite estava tão fria que agora seus moletons poderiam fazer sentido em mim, focado em só te ver era a única coisa que eu queria.

Bati na porta com força para não ter desculpas de não escutarem e sua mãe abriu, ela não disse nada só deixou que eu subisse no seu quarto  e você estava nele, no canto, com a cabeça enfiada entre os joelhos.

"Jack!"
Você não olhou.

Corri até o mesmo que soluçava e suspendi seu rosto o vendo em tons como seu suéter roxo e minha camisa vermelha.

Segurou minha mão e a sua estava gelada e trêmula.

Não tinha explicação.

Os cortes no pulso estavam abertos novamente e ele tão interno.

Levantei e segurei sua mão tentando te fazer ficar de pé e você gemeu de dor e caiu.

Quando vi suas costas e suas pernas com hematomas, a sua dor se fez minha.

"Quem fez isso?"
Disse próximo a seu rosto.

"Meu pai..."

No final os cortes eram feitos por ele para que ninguém imaginace que o culpado era o mesmo, eu estava com tanto ódio mas precisava cuidar de você naquele momento, sua pele machucada ainda era quente, seu toque ainda me fazia bem.

Poucos pensamentos, poucas falas, poucos momentos.

Aquele silêncio era a única coisa nos trazia paz, eu estava com você e não me importava se eu estava mais ferido, isso não é uma competição, eu quero te livrar de tudo isso aqui.