🌹🌹Capítulo 2: Familia Antunes 🌹🌹

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Fazenda Santa Rosa um lugar de extrema beleza , a casa enorme, aonde morava uma família abastada em meados do século XVI.
Viviam da plantação de cana de açúcar, aonde era usada a mão  de obra escrava. Negros trazidos da África para serem vendidos para os senhores de engenho para trabalhar na lavoura , essas pobres criaturas eram tratados como bichos, viviam na senzala , aonde não tinha um mínimo de conforto , um lugar de muita tristeza e muita dor. Trabalhavam de sol a sol , sem ganhar nada em troca , alguns escravos que eram os mais rebeldes e que tentavam as vezes fugir para fugir das agruras da escravidão e do sofrimento , eram castigados no tronco , acorrentados , açoitados e alguns chegavam até a morrer com o castigo que os capatazes da Fazenda lhes infligiam no tronco .
A família Antunes eram os donos da Fazenda Santa Rosa.
Comandada com mão de ferro pelo terrível Barão José Antunes, um homem cruel com seus escravos.
José Antunes era um homem de seus cinquenta e seis anos .
Ele era casado com Maria Teodora, mulher recatada , altiva , mas tinha um bom coração. Os dois casaram porque suas famílias os obrigou , se casaram por conveniência para aumentarem a fortuna de cada família, pois nessa época era muito comum esse tipo de união.
O casal tinha dois filhos .
João Rodolfo, o mais velho , que tinha 28 anos e   que fora estudar na capital para ser médico e não se interessava muito pela Fazenda, apesar de seu pai fazer questão que ele, quando voltasse da capital tomasse conta da Fazenda, João Rodolfo nunca quis, pois ele também era contra a escravidão. Diferente do seu irmão mais novo , Eduardo que gostava do campo e ajudava o pai a comandar a fazenda . Eduardo tinha 21 anos e nunca saiu da fazenda para estudar como seu irmão mais velho pois sempre gostou dos ares do campo , mas por isso cultivava inveja do irmão mais velho por que ele era na opinião da família, o seu orgulho maior .
João Rodolfo era um homem bom e tratava bem os escravos sempre que vinha pra fazenda para passar o período de férias. Desde menino era assim.
Já Eduardo era que nem o pai , um rapaz cruel que não tinha pena dos pobres negros , e sempre que podia ele mesmo os castigava , aqueles negros que tentavam fugir ou que eram muito rebeldes, e não queriam trabalhar.
Sua mãe sempre o repreendia quando o filho fazia isso , nunca gostou de ver os escravos de sua fazenda serem maltrados, sua mucama, Zilá, uma senhora negra que cuidava da comida dos patrões, e cuidava pessoalmente das coisas de Maria Teodora, era sua confidente e amiga , o marido não gostava muito dessa aproximação, pois achava que lugar de negro era na senzala e na lavoura e jamais íntimos dos patrões.
E sempre falava pra esposa que não queria esse tipo de intimidade.
Mas Maria Teodora ,mesmo respeitando o marido , não deixava a amizade que tinha com a negra Zilá.
O Barão José Antunes, tinha uma relação Boa com a esposa , mas não a amava realmente, como fora dito antes se casaram por conveniência.
Ele mantinha uma relação extra conjugal com Beatrice , uma prostituta do unico bordel da cidade .
Ela era uma bela mulher que se utilizava de seus encantos para seduzir os homens mais poderosos da região , mas ela  geralmente era exclusiva do barão que gostava muito de sua companhia, e ele por ser mais velho , na sua cabeça a juventude de Beatrice fazia com que ele se sentisse mais jovem tambem .
Sua esposa desconfiava  desse relacionamento, não gostava,mas fingia que não sabia de nada para não aborrecer o marido .
Nessa época as mulheres eram submissas aos seus maridos e não tinham voz ativa. E esse era o caso de Maria Teodora, que sufocava sua felicidade em prol da União da família.
E essa era
a família Antunes que vai influenciar diretamente na vida do outro personagem da nossa história
O escravo Damião...

Amor além do tempo... 2°parte Where stories live. Discover now