Fugir

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Eu estava correndo rapidamente me estreitando pelas ruas de Londres. minha respiração ficava cada vez mais curta. a bolsa com um milhão de dólares pesava no meu ombro. Entrei em uma rua e me escondi no fundo do pequeno beco a minha direita. Fiz silêncio. só ouvia minha respiração acelerada e meu coração batendo, de repente ouvi passos pesados se aproximando e vozes grossas conversando. droga.

— onde ela foi? - perguntou um deles.

— eu sabia que não podíamos confiar nela - disse outro

Fui para frente espiar eles ainda me escondendo atrás da parede de tijolos a minha frente.

— e se ela passou a perna na gente de novo? - falou mais um dos homens com a voz bem mais grossa

— onde procuramos senhor? - perguntou um chegando com mais deles.

Então olhei para as estrelas.
Por favor universo me ajuda. Implorei. A minha casa fica só 15 minutos daqui.

— vamos voltar para a mansão, ela deve ter voltado para lá - o chefe disse e o barulho de pés pisando foram cessando.

Corri novamente desaparecendo nas sombras.
Dessa vez me viram. o Tommy prometeu que ia dar tudo certo. sinto falta dele nessas horas.

(.....)

Empurrei a porta com força e joguei a bolsa em cima do Tommy que estava deitado no sofá com uma cerveja na mão enquanto assistia TV.

— os bebês do papai chegaram — ele disse sorrindo para as notas de cor verde no colo.
Entrei na cozinha e abri a geladeira.

— deu tudo errado — disse com raiva pegando a garrafa de água, logo retorno para a sala

— impossível — disse Tommy mexendo no dinheiro.

— eles me pegaram — dei um longo gole no líquido neutro sem sabor. — eu estava quase fechando o cofre e um dos seguranças entrou no quarto.

— tentou seduzir ele? — ele perguntou.

— eu? Seduzir ele? — dei uma voltinha — olha pra mim! Eu não vou seduzir ninguém.

— até mau vestida você seduz qualquer um — ele bateu na minha coxa. Sentei no colo dele logo deixando a bolsa de lado.

— é mesmo? — disse chegando nossos lábios mais perto e selando eles. Beijei ele lentamente sentindo sua boca quente. Segurei o pescoço dele fazendo carinho. Ele passou a mão por baixo da minha blusa e apertou minha cintura, ele ia me levantar, mas rapidamente estraguei o clima.

— não podemos ficar — disse respirando fundo. — está noite

— como não? — ele perguntou confuso.

— eu conversei com o Luke, o último que roubou os Allan's, ele disse que assim que pegasse o dinheiro tínhamos que ir para outra cidade

— vamos de manhã — ele disse beijando meu pescoço.

— não, eles já devem estar botando todos os homens dele atrás de nós — disse

— você estava disfarçada, a peruca também não deu certo? — ele perguntou. A peruca loira me serviu bem, No entanto, parece que não aguentou o vento forte.

— ela caiu enquanto eu corria

Ele fez silêncio olhando fixamente para o chão. Eu conheço esse olhar, ele está revoltado.

— faça nossas malas — ele falou sério e saí de cima dele, em seguida ficou em pé. — vou ligar o carro — disse se retirando

Eu odeio ficar trocando de cidade e casa, sempre eu tenho que fazer o trabalho sujo dele e quando alguma coisa dar errado, temos que escapar. Para proteger minha identidade.

Acabamos de chegar em Londres, não temos dinheiro para ir muito longe, então vamos para Holmes chapel, um vilarejo. É interessante. Talvez esse vilarejo possa ser seguro.

Depois que Tommy passou ser procurado pela polícia tomamos todos os cuidados possíveis. Éramos uma dupla imbatível de ladrões e era tudo mais fácil com ele por perto, no entanto, agora eu tenho que carregar tudo nas costas. Ele só me passa informações e eu entro em campo.
Eu já estou cansada... preciso de férias, faz 3 anos que não vou em uma praia, um shopping, cinema, parque de diversões ou dormir direito.

Exalando raiva entrei no quarto pequeno e abri as gavetas do guarda roupa com poucas roupas minhas. Eu não tenho tempo para comprar novas.
Logo guardei também meus objetos para cabelo, limpeza e maquiagem. Eu só tenho rímel, gloss. um batom vermelho e corretivo. Tommy diz que eu não preciso passar um reboco na cara porque fico linda de qualquer jeito, eu sei que isso é uma desculpa para não me arrumar muito e não chamar atenção de outros homens. Ele é muito ciumento, porém eu já disse que ele não é meu dono.

Eu dobrei as cuecas fedorentas dele. Ele não gosta de larvar nada, ele é um folgado.

de alguma forma, por mais que ele faça atitudes ruins, eu amo ele, no entanto é bem lá no fundo. Nossa relação esfria e depois reacende. A única coisa que ainda gostamos de fazer juntos é na cama.

Eu Terminei Fechando o zíper da mala e puxei ela para a sala com o meu casaco azul e rosa pendurado no meu braço.

— TOMMY? — chamei

Ele voltou

— podemos ir?

— claro, linda — ele falou balançando a chave do carro e deu um beijo no meu rosto. Senti o hálito de cerveja da boca dele.

— você não vai dirigir bêbado

Tento pegar as chaves e ele segurou meu pulso.

— vou sim, estou sóbrio — ele falou me soltando. — ainda

Revirei os olhos. Acompanhei os passos dele até a porta dos fundos e saímos na garagem.

Ele abriu a porta do carro para eu entrar. Meu Deus! não deixa eu morrer agora.

Tommy abriu o portão e entrou logo depois entrou no carro ligando o mesmo.

— por favor Tommy, vai devagar — implorei

— cala a boca — ele falou num tom grosso. — eu sei dirigir

— tabom, não esta mais aqui quem falou — disse

Saímos da garagem entrando na rua. Olhei para trás. Adeus Lana. Me despedi da casa. Sim eu dou nomes para as coisas. Eu não tenho nenhum amigo então tento me distrair do jeito que posso. Tommy não deixa eu fazer amigos porque acha uma perda de tempo e ele tem razão, ficar se mudando não é fácil e perder amigos é pior ainda.

Quando eu saí da Califórnia, onde eu morava com a minha família, fiquei triste e pensar que nunca mais vou ver eles e meus amigos: Josh e Emma
Encostei minha cabeça no banco e fechei meus olhos

***

Ei galerinha, não esqueçam de votar e comentar, obrigada por estarem lendo, beijinhos da autora 💕

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