Prólogo

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Feriado de 21 de abril de 2019 estava chegando e seis amigos, agitados, planejavam passar o feriado juntos. Desde o começo do ano queriam pegar pelo menos um feriado para se divertirem. E chegou.

Trabalham em uma agência de publicidade e propaganda no centro da cidade de Acorizal em Mato Grosso.

─ Sem mais desculpas, galera, amanhã (era sexta-feira) nós vamos para a chácara da minha vó ─ Disse Enoque, empregado há três anos na agência ─ Conversei com ela e a chácara está liberada.

─ O que temos de levar? ─ Diana pergunta animada.

─ O essencial: uma peça de roupa, produtos de higiene, cobertas, travesseiros e o que quiserem ─ Enoque respondeu.

─ Fechado! ─ Diana respondeu.

Enoque, Diana, Renato, Fabiola, Gerson e Rita formam um grupo inabalável. São parceiros em tudo que fazem e nem eram aqueles amigos que tem 6 ou 7 anos de amizade, mas 3 anos apenas. Mais que amigos, eram uma família. Cada um com sua personalidade: o certinho, a forte, o sabe tudo, a que não presta atenção, o quase pai de família e a que curte a vida mesmo. Contudo, quando estavam juntos, essas pequenas “qualidades” ─ se é que podemos dizer isso ─ ficava lá fora, sozinho. O que prevalecia era o amor, a união e, principalmente, a alegria.

Gerson, o mais velho do grupo, 30 anos, tinha uma Kombi semi nova. Ajeitara tudo para este feriado: levou para fazer revisão, trocou os pneus, deixou no lava jato e demais coisas necessárias, para no fim estar tudo pronto.

─ Vamos, Enoque ─ Gritava na frente da casa do amigo e buzinava.

─ Calma, moço ─ Enoque saia com uma mala numa das mãos e um travesseiro na outra. Deixou no porta malas suas coisas e abriu a porta do passageiro. Saudou o amigo com um aperto de mão ─ Só falta quatro casas, amigo ─ os dois riram.

E assim foi. Para alegria de Gerson, seus amigos não moravam longe. Em menos de 1 hora, quase faltando 20 minutos para bater uma hora, todos já estavam na Kombi e partiram de vez para a chácara.

Ao chegarem no destino todos desceram e foram direto conhecer o sítio da avó de Enoque. A avó dele cuidava apenas de galinhas e porcos, os quais deixou para seu neto pelo menos dar o alimento no domingo de manhã.

─ Onde sua vó ficou Enoque? ─ Perguntou Rita quando estava deitada mexendo no celular e com uma xícara de chá feita por Diana.

Já era noite, 22h00, só se escutava o som de grilos.

─ Está namorando ─ Enoque, também com uma xícara de chá, respondeu sentando na poltrona.

─ Que deusa, meu Deus! ─ Rita vibrou ─ Quero ser como ela quando crescer.

Todos riram.

─ Namoradeira você já é né, falta só ter a idade ─ Fabiola comentou.

Todos riram, inclusive Rita, que não ligou com o comentário, pois sabia que era assim.

─ Pessoal, adiantei a churrasqueira lá fora para amanhã, mas tá um vento lá fora. Parece que vai chover ─ Gerson disse um pouco preocupado.

─ Não vai não, deve ser só um vento de uma noite ─ Renato tentou esperançar a todos ─ Já estive em uma chácara assim antes com um vento desses, e não choveu.

─ Tomara! ─ Fabiola levantou.

─ Acho melhor descansarmos por hoje e torcer para não chover ─ Diana disse.

─ Vamos! ─ Enoque disse no fim, fazendo todos se levantarem e irem para seus quartos.

Antes de qualquer passeio, é sempre bom verificar a previsão do tempo.

1 Dia de Chuva Où les histoires vivent. Découvrez maintenant