capítulo 20

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Acordo pelo som estridente do despertador, bufo impaciente e faço uma careta olhando pra o despertador, sai da cama contra a minha vontade, na verdade eu não tenho nada a fazer hoje nem sei porquê acordei as 8 da manhã, faço minha higiene matinal, uso minha roupa social, borrifei meu perfume.

Desco as escadas lentamente,  observo minha mãe sentada bem longe na sala de refeições, finalmente o último degrau, suspirei pausadamente.

Passei pela sala de estar, uma sala que representa o que nós somos, uma família da alta sociedade. Por isso, normalmente reservamos os melhores móveis, quadros e tapetes para este espaço. Para parecer mais extrovertido, tem cores quentes e iluminação clara, a sala é enorme e bastante aconchegante, eu não tenho nada contra essa sala mas parece que hoje o tamanho tinha triplicado.
E finalmente depois de uma "longa" caminhada cheguei na sala das refeições. Uma sala com uma mesa neutra e chamativa, tanto faz. Mas, de todo modo, apresenta um design exuberante e evidencia o estilo proposto para o cenário.

— Bom dia mãe.— Dei um beijo na bochecha dela.

— Bom dia meu amor.— Óbvio que eu detesto quando ela me chama de "meu amor"  É como se eu ainda fosse uma criança, eu sei que é um gesto de carinho, afecto e blá, blá,blá... Mas eu detesto e pronto.

Sento numas das cadeiras, me sirvo um copo de leite.

— Eu achei que você não ia passar a noite aqui. —  Minha mãe mordiscou seu pedaço de waffles.

— Eu não ia passar a noite aqui...Mas alguém me convenceu a ficar em casa.— Sorri ladino e beberiquei meu leite.

— Posso saber quem foi esse herói ou essa heroína que ti convenceu a ficar em casa em pleno sábado? —  Minha mãe ergueu as sobrancelhas e fez um sinal com a mão pra que eu abrisse o jogo, minha mãe não faz um tipo de mãe chata e que fica pegando no meu pé muito pelo contrário ela só sabendo que está tudo bem comigo já é o suficiente pra ela se sentir aliviada.

Agora meu pai não, meu pai é muito dramático, até agora ele não coloca na cabeça dele que eu posso me cuidar sozinho e que não preciso de motorista e seguranças.

Quando eu estava no fundamental eu andava rodeado de guarda- costas tudo obra do meu pai e sua super protecção, aquilo era um sufoco eu mal podia andar sozinho que já tinha homens me vigiando, tudo bem que a minha família é uma das mais rica do mundo e que nós temos inimigos por toda a parte, e claro né eu sendo o único filho e herdeiro da família Delaor minha vida corre risco mas eu odeio estar sobre controle de alguém, felizmente eu já coloquei um fim nisso mas no fundo eu sei que sempre tem alguém me vigiando e fazendo o papel de guarda- costas sem que eu me aperceba, pois uma vez eu e meus amigos estávamos num bar quando de repente houve um tiroteio, e claro que os bandidos estavam a procura do herdeiro neste caso eu, entrei em pânico ao notar que eu era o procurado mas fui pego de surpresa quando alguns guarda- costas invadiram o local iniciando um confronto contra os bandidos, foi então que descobri que para além de ter um carro sempre me vigiando, meu pai contratou pessoas da boate pra que ficasse me guardando.

— Acho melhor não...— A verdade é que Steyce está a me tirar do meu juizo perfeito, ontem eu teria saído pra curtir um pouco com os meus amigos mais uma parte de mim se conteve e preferi ficar em casa.

— É uma garota?— Minha mãe suspirou pausadamente.

Mordo meu pedaço de torta antes de responder.

— Sim...É uma garota.—Admiti sentindo meu rosto corar violentamente.

— Hmm...Posso saber o nome dela? — Ela diz com um rosto suplicante.

Meu Primeiro AmorWhere stories live. Discover now