Vida de casado

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Com a chegada dos gêmeos minha vida virou de cabeça para baixo no bom sentido.

Trabalhava muito na loja e quando chegava em casa me dedicava a eles. Cada dia era uma novidade sobre eles, porém o que mais amava era o sorriso que me davam quando chegava, sentia uma paz.

O único problema era que estava com pouco tempo para mimar minha amada esposa.

Angélica dormia pelos cantos ou estava ocupada com alguma coisa em relação aos bebês.

Os meses passaram mais rápido do que pensava. E eles ja sentavam e batiam palminhas quando ouviam alguma música.

Nayeli era todo meu xodó, quando me via seus olhos brilhavam, era a menininha do papai toda dengosa, herança de minha Angie. Já Fernando tinha puxado meu gênio difícil, impondo suas regras ao brincar, comer ou tomar banho. Mas tinha a risada igual da Angie, o que me encantava profundamente, sem dizer do quanto era protetor com sua irmã.

Amava ser artista, esposa e mãe, principalmente por que muitas das qualidades de Jaime os pequenos puxaram.

Nayeli era toda carinhosa e Fernando era muito engraçado e divertido, sempre fazendo alguma gracinha involuntária.

Porém tinha tempo que não ficava a vontade com Jaime. Não apenas para transar, mas para ficarmos juntos como casal.

Meu resguardo ja tinha passado, mas não sentia aquele tesão todo quando transava.

Os bebês e a carreira ocupavam muito de meu tempo, ainda mais sendo garota propaganda de uma marca de produtos infantis (ideia de Horácio, um gênio na arte do marketing).

Estava no banho com os ouvidos atentos a babá eletrônica, caso os dois chorassem.

Saio do banho enrolada com uma toalha na cabeça, me seco e coloco minha calcinha e sutiã brancos.

Quando chego ao quarto Jaime ainda estava em casa.

-Pensei que ja tinha ido trabalhar (Comento calmamente).

Ele se levanta sorridente comentando:
-Antes eu queria pedir desculpas... (E me olha).

-Pelo quê? (E o encaro).

-Ando trabalhando tanto que não ando idolatrando minha deusa como ela merece (E entrelaça suas mãos em minhas costas).

Me afasto, pego meu roupão me vestindo e dando um nó frouxo comentando:

-Eu entendo. Eu mesma estou trabalhando muito e com os gêmeos... (Comento acariciando seu rosto).

-Mas não deve ser assim... Não quero me afastar de você ao ponto de perdê-la (Comenta seriamente).

-Você não irá! Nunca... Agora eu preciso tomar cuidado, pensa que não vi semana passada uma cliente toda cheia de elogios atrás de você (E o encaro).

-Você não esta falando da dona Cida ne? Ela tem 86 anos... (Comenta rindo).
-86 mas não esta morta... (Comento seriamente).

-Eu tenho todo um banquete em casa, porque vou querer uma senhorinha? (E cruza os braços).

-Sei lá... Fetiche?! (E me viro retirando a toalha dos cabelos).

Jaime afasta meus cabelos falando rente ao meu ouvido:

-Prefiro minha Vale! (E morde minha orelha).

Respiro intensamente e sinto sua mão adentrar por dentro do roupão. Me afasto sem jeito comentando:

-Vou ver os gêmeos! (E caminho em direção a porta).

Seguro Angie pelo braço impedindo. Desde que os bebês nasceram Angie demorou a ser minha novamente, lógico que não a pressionava, porém sentia sua falta, e quando ficamos íntimos sentia-a diferente. Tudo era feito no escuro e quase nunca ficava nua a minha frente. 

FãWhere stories live. Discover now