Dançando no tártaro.

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Estamos dançando,
Dançando no inferno,
Ao som das almas torturadas

Dançando ao som da mais bela melodia 
Barulho gritante das almas sem esperança e em agonia

O brilho em nossos olhos entregues a luxúria e ao prazer
Encontramos no tormento a paz de amar.

Estamos vivendo no submundo.
Você e eu.

Nessa balbúrdia de desespero e desejos
Os olhos profundos das bestas nos observando dançar em uma eufórica alegria

Já diziam os anjos:

"O inferno deve ser um lugar terrível."

Ah! Mal sabe eles o prazer que é dançar nas chamas flamejantes do inferno
E ver a desesperança no olhar das almas martirizadas.

Nós nos deslumbramos pelo pecado e nos apaixonamos pela dança da morte.

Nós caímos e sobrevivemos 
Nos reeguendo entre as labaredas do inferno.

NADA PODE NOS ABALAR!

Caímos e estranhamente estamos no ápice da nossa existência

Descemos e agora dançamos em cima das sepulturas sagradas.

Nós quebramos as regras, amor.
E agora brincamos ao som agonizante da mais bela música fúnebre

Sorrimos enquanto somos observados por bestas selvagens e anjos caídos,
Somos aplaudidos de pé enquanto nos entregamos ao prazer 

Vivemos em meio às labaredas do fogo eterno 
Dançamos até o amanhecer

Você e eu,
Estamos nos amando no tártaro 

Estamos caindo | Conto ConcluídoWhere stories live. Discover now