As semanas seguintes foram ótimas. Eu havia voltado a trabalhar, Zac continuava ensaiando com Taylor e Ike e vivíamos como uma família.
Havíamos matriculado Amora em uma escolinha perto de casa e eu e Zac deixávamos ela todo dia lá.
Eu também havia feito a entrevista para trabalhar na empresa de Jimmy, irmão da Lisa. Estava aguardando ser chamada (ou não) para o trabalho.
Quase todos os dias da semana, Zac dormia comigo. Mas não havíamos contado nada para a Amora ou pra qualquer outra pessoa. Mais por culpa minha que dele. Era difícil confiar no Zac, embora eu tenha decidido calar a voz chata em minha mente que dizia que aquilo daria merda.
— Hey, gata. Me disseram que você já leu os livros de toda essa biblioteca.
Estava colocando o fone e saindo da biblioteca quando vi Zac escorado em sua moto — da qual eu odiava — Sorrindo como se não houvesse amanhã.
— O que faz aqui? — Perguntei surpresa, mas bem animada.
— Vim buscar minha garota no trabalho. — Ele falou divertido.
— Que tonta essa garota, afinal, como ela é doida por andar contigo nessa moto assassina?
Ele dei um risinho cretino.
— Vamos, Ana! Eu tenho carteira de motorista.
— Carteira essa que você nem lembra de ter tirado. E eu não andava com você nessa besta antes, agora que não ando mesmo.
Ele riu e me ofereceu o capacete.
— Você precisa ter mais fé em mim.
— Zac, eu não vou aceitar. — Falei rindo enquanto caminhava em direção a parada de ônibus.
— Mas daí você vai perder a surpresa. — Ele deu os ombros.
Voltei e olhei pra ele desconfiada:
— Que surpresa?
— A que eu preparei, poxa... — Ee tava se divertindo as minhas custas. — Só um aviso, eu já peguei a Amora na escola e, antes que você reclame, peguei ela com o carro. Dei banho, alimentei e chamei a babá.
— a babá? Zac, pelo amor de Deus, o que você tá aprontando?
— Só conto se você topar pegar carona comigo.
Ele estava engraçado. E eu curiosa. Muito à contragosto, soltei:
— Ok, me conta.
— Reservei uma mesa no seu restaurante favorito e algumas surpresas para depois.
— Zac... — Fiquei perplexa. — Mas... porquê?
— Como assim porquê, Ana? Se esqueceu que hoje é seu aniversário?
Meu queixo caiu. O dia havia sido tão corrido que havia esquecido totalmente do meu aniversário. Há anos que só comemorava eu, Zac e Amora com um bolinho.
— Você acredita seu disser que eu esqueci? — Falei colocando minha mão na testa e rindo.
— De início achei que estava escondendo de mim, mas depois percebi que havia esquecido. — ele falou divertido.
— Como descobriu?
— Tenho meus meios...
Caminhei até ele e o abracei forte. Senti o seu cheiro de loção pós-barba e me apaixonei novamente.
— Obrigada, Zac.
— De nada, agora sobe aí que precisamos correr.
Zac era bem responsável no trânsito e seguiu todas as regras até em casa.
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POR TODA MINHA VIDA (CONCLUÍDA)
RomanceQuanto um acidente pode mudar toda sua vida? Após Ana ter quase perdido o pai de sua filha em grave acidente aéreo, ele acorda sem lembrar dela e de sua filha. Cinco anos de memória se perderam juntamente com os restos daquele avião. Como recomeçar...