OO1. vadia frígida

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𝖬𝖤𝖱𝖤𝖣𝖨𝖳𝖧 𝖦𝖱𝖤𝖸

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𝖬𝖤𝖱𝖤𝖣𝖨𝖳𝖧 𝖦𝖱𝖤𝖸

"Amanhã teremos tempo nublado na maior parte do dia, embora..."

Flip.

"Os menores preços que você já viu..."

Flip.

"No he can't read my poker face..."

Flip.

"Vive num abacaxi e mora no mar? Bob Esponja Calça Quadrada!"

Flip.

"Será que dá pra parar de mudar de canal?" eu exclamei finalmente, fechando a revista na qual eu tentava inutilmente me concentrar.

Ele voltou os olhos infinitamente azuis em minha direção, me lançando um sorrisinho sarcástico antes de lentamente erguer o controle remoto outra vez.

Flip. Flip. Flip. Flip. Flip. Flip. Flip.

Eu contei dez segundos de trás para frente, fechando os olhos e tentando conter meu surto de raiva. Era um truque que eu havia lido em um dos milhares de livros de auto-ajuda que eu comprei para me ajudar a sobreviver os meses de espera até a chegada da carta de Yale. Não conseguiram me fazer superar minha ansiedade, mas nos últimos tempos andavam se revelando bem úteis ao me ajudarem a controlar o impulso de assassinar Derek Shepherd com o facão da cozinha.

Ele ainda me encarava quando voltei a abrir os olhos, a provocação escrita em cada linha de sua expressão. Lancei a ele um olhar feio que o fez apenas alargar o sorriso antes de voltar a atenção para a TV a sua frente, se ajeitando no sofá e voltando a zapear os canais.

Eu apertei com força o braço da poltrona na qual eu estava, desejando que o inocente material estofado fosse o pescoço de Shepherd. Lá estava ele, largado no meu sofá, um braço descuidadamente apoiado atrás de sua cabeça, as pernas abertas e os jeans caindo perigosamente baixos em seu quadril. Ele era tão cheio de si, tão irritante, tão idiota, tão gostoso, sexy, deliciosamente cafajeste.

Oh, sim. Eu tenho uma queda gigante pelo imbecil filho da mulher do meu pai.

"Filho da mulher do meu pai." Estranho, eu sei. Mas eu prefiro isso à "filho da minha madrasta." Ou pior, "meio-irmão." Argh! Derek Shepherd não é nem nunca vai ser nada sequer perto de um irmão pra mim. Ele é só o cara que eu quero ver morto cinquenta por cento do tempo.

E na minha cama nos outros cinquenta.

Não, esse não é um caso de simples atração pela pessoa que você detesta. Porque se eu for totalmente sincera, terei que admitir que não odeio Derek tanto assim. Na verdade, eu gosto dele. Mas odeio a necessidade que ele parece ter de tornar minha vida um inferno. Não só com as constantes implicâncias, armações e etc. Mesmo sem isso, ele complica minha vida simplesmente existindo. Existindo com seus olhos azuis, voz sexy, corpo perfeito. Me fazendo desejar o único cara no mundo que eu não devia querer de jeito nenhum. Porque além de aparentemente me detestar, a criatura mora comigo, é parte da minha família há um ano. Na verdade, exatamente um ano, já que hoje é o primeiro aniversário de casamento dos nossos pais.

THE CAKE | merder - concluída Where stories live. Discover now