OO4. o quase orgasmo 🔞

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𝖬𝖤𝖱𝖤𝖣𝖨𝖳𝖧 𝖦𝖱𝖤𝖸

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"Você... ahn... O quê?" ele perguntou, me encarando como se eu tivesse duas cabeças. Aquela provavelmente era a última coisa no mundo que ele esperava ouvir e eu não podia culpá-lo por achar que eu era retardada. Eu provavelmente era mesmo. Não fazia idéia do porquê havia falado aquilo. O pânico tomara conta de mim e eu só havia pensado em fugir. Fugir do que eu queria por medo. Havia feito isso minha vida inteira, por que mudaria agora?

"Bolo." eu respondi, pegando a revista que ainda estava aberta na receita e gesticulando com ela. "Pro aniversário. Dos nossos pais. Bolo... É." eu balbuciei, em seguida disparando para a cozinha.

Era como se eu não dominasse mais minhas próprias ações. Meu corpo de repente entrara em piloto automático e eu me vi revirando a cozinha em busca de ingredientes. Quando eu achei aquela receita, havia pensado na possibilidade só por pensar mesmo. Como quando a gente passa por uma vitrine e vê um sapato bonito, mas não maravilhoso, e pensa em comprá-lo mesmo sabendo que não vai fazer isso. Só pensa. Mas pelo visto a idéia do bolo havia ficado em meu subconsciente, reaparecendo quando eu precisava de uma distração. E agora toda minha atenção estava voltada para aquele bolo, e eu não sabia nem porquê. Acho que eu só precisava fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

Eu olhei rapidamente para a receita. Parecia um bolo comum de chocolate, feito com aquelas massas que vendem prontas. Só depois de assado é que a receita ficava diferente, graças à cobertura. Por sorte, nós tínhamos massa de bolo em um dos armários da cozinha, assim como todos os outros ingredientes. Eu deixei a revista sobre a mesa da cozinha e parti em busca de panelas e tigelas para misturar os ingredientes. Colocando tudo sobre a mesa, eu me pus a checar os primeiros passos da receita.

"Você ao menos sabe fazer um bolo?" a voz de Derek, ridiculamente próxima do meu ouvido, me sobressaltou. Eu estava tentando tanto me concentrar no tal bolo que nem ao menos o escutei entrando na cozinha.

Graças a minha reação de susto, me vi pressionada contra o peito dele, a evidência de seu desejo despertado por nossa escapada momentos antes agora firmemente pressionada contra mim por trás. O momento de contato foi elétrico, e eu me vi paralisada, presa ali por uma força invisível. Meu coração batia forte, minhas pernas tremiam e aquele calor ao sul do meu corpo se renovou. Minha respiração voltou a acelerar enquanto eu me via sendo puxada de volta para aquilo. Aquele imã entre eu e Derek, aquela força de tal magnitude que eu não era capaz de nem ao menos começar a compreender.

Ele não parecia nervoso. Na verdade, sua voz estava calma, e eu pensei novamente na comparação com o tigre e o coelhinho. O tigre não perdia o controle porque sabia que o coelho estava encurralado, e não importa o quanto tentasse, não conseguiria fugir. Derek sabia que, mais cedo ou mais tarde, eu acabaria me entregando.

As mãos dele descendo sensualmente por meus braços me despertaram de minha imobilidade e, com mais dificuldade do que eu gostaria, consegui me forçar a me afastar, dando um passo para frente e apoiando minhas mãos na mesa. Ele continuava atrás de mim, longe o suficiente para não estarmos nos tocando, mas perto o suficiente para eu sentir sua presença.

THE CAKE | merder - concluída Onde as histórias ganham vida. Descobre agora