CAPÍTULO 26 A FUGA

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         CAPÍTULO 26

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         CAPÍTULO 26

A FUGA

Contém frases eróticas.

                    MARINA

Não conseguia escrever nada, estava a séculos com o caderno e a caneta na mão sem ideia do que dizer a minha mãe eu simplesmente não podia dizer.

“Oi mãe, estou escrevendo para dizer que amo a Bia e vou fugir com ela”, isso nunca.  Ou então “mãe estou fugindo porque sou covarde”, Deus me livre, eu nunca ia dizer isso, o melhor seria não dizer nada, ela ia chorar do mesmo jeito, só o fato de pensar em minha chorando, já bastava para meus olhos encherem de lágrimas, mas já estava decidida ia embora, depois a gente via o que ia dar ou quando as coisas estivessem mais claras na minha cabeça, ligaria para casa avisando onde estava.

 Bia fechou o portão da sua casa, me abraçou forte com saudade. Fomos empurrando a vespa para não fazer barulho e descemos a rua, na esquina eu montei na garupa segurei na sua cintura e partimos. Não sabia para onde estávamos indo, mas qualquer lugar com Bia era melhor do que longe dela, rodamos por um tempo, quando chegamos no começo da beira mar, no aterro ao lado do boteco bar, descemos. Bia tirou do bolso da jaqueta, uma chave e abriu aporta de um apartamento pequeno de um quarto e sala pequena em L com um sofá de três lugares num canto, uma mesa de centro, um aparelho de som  e uma TV grande, era toda mobília da sala, a pequena cozinha tinha tudo em miniatura, desde o fogão de duas bocas ao frigobar, a mesa onde provavelmente era servido as refeições também era o próprio balcão que separava a sala, com dois bancos imenso de madeira envernizada, de frente para o mar, na parte de cima, tinha um quarto de casal, um banheiro pequeno e um quarto de solteiro, os dois quartos ficavam de frente para o mar, era um local para uma pessoa ou para um casal, pequeno porém aconchegante.

— Esse é um dos apartamentos que minha mãe tem aqui à beira mar e por sorte este está desocupado. Vamos ficar aqui enquanto você quiser. Ele é todo mobiliado, você pode tomar banho ali, que eu vou comprar qualquer coisa para comermos no Carrefour aqui pertinho. — Colocou a mochila no chão do quarto e já ia saindo. 

— Eu vou com você. ― Eu não estava com muita vontade de ficar só.

— Amor, acho melhor você ficar, tomar um banho e deitar tentar dormir um pouco, a noite foi muito estressante. Eu vou num pé e volto noutro.

Senti sua preocupação e o carinho na voz, ela também estava muito cansada, resolvi concordar assim como eu, ela precisava descansar.

— Tá bom, não demora muito. — Falei, antes de ela sair, me abraçou e beijou meus cabelos, eu gostava quando ela fazia isso, me transmitia uma paz que eu não sabia explicar o porquê.

Fiquei esperando-a subir na vespa e dali eu fiquei olhando até ela desaparecer na esquina, um vento vindo da praia agitou o meu cabelo, o aroma de maresia era inebriante. No calçadão mais a frente, estava fervilhando de pessoas andando, passeando, praticando qualquer esporte ou simplesmente namorando sem dar muita importância ao horário, talvez fosse a única hora em que podiam fazer tais coisas, fiquei encantada com a vista e o cheiro do mar. Demorei mais um pouco apreciando e entrei no meu novo lar, temporário, mas um lar.

🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora