Capítulo 39

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A escola já estava avisada, então assim que Jinyoung apresentou a identidade, Haneul foi entregue a ele. A menina o abraçou com tanta força que o advogado ficou com medo de algo estar errado.

Oppa! Que saudades!

— Oh, meu amor. — Jinyoung acabou retribuindo o abraço apertado. Ele sentia muita falta da menina. — Eu também morri de saudades.

O advogado afastou a criança um pouco, ainda a olhando na altura do rosto. Ela estava tão grande! Passara tanto tempo assim desde a última vez que a havia visto?

— Querida, adivinha quem também está morrendo de saudades suas?

— Jackson-oppa?

— Isso, o seu oppa favorito. — brincou o moreno.

— Eu não tenho oppas favoritos. Amo todos igualmente!

O moreno sorriu, novamente apertando a menina em seus braços. Era engraçado todo o amor que ele sentia por ela, pois nunca se imaginou com filhos, mas lá estava o advogado, totalmente derretido por Haneul.

Jackson havia estacionado umas ruas depois, pois em frente a creche estavam cheia de carros, de pais buscando seus filhos e por isso o moreno, com Haneul já no chão, saiu caminhando enquanto conversava com ela sobre o dia na Educação Infantil.

Jinyoung, se perguntassem mais tarde não saberia explicar, se distraiu com a menina e demorou um pouco para notar a presença feminina o esperando na esquina. Ela exibia um sorriso simpático para todos que passavam, mas assim que percebeu que estava sendo encarada pelo advogado, mostrou a faceta falsa.

Lee Ji Eun retirou os fones de ouvido azul, os guardando na bolsa e colocou o curto cabelo atrás da orelha. Jinyoung olhou em volta, procurando uma rota de fuga, mas infelizmente, ele estava encurralado.

— Dê minha filha e podemos acabar com isso de uma vez. — afirmou a mulher, mudando de posição nos pés. — Não é como se você se importasse com ela.

Aquela mulher era maluca, não era possível. Quem ela pensava que era para aparecer assim e ainda falar uma coisa daquelas? Jinyoung quis gargalhar e mandar ela procurar uma ocupação, mas ele resolveu que o melhor era ficar calado e tentar fazer com que Haneul não escutasse o que saía da boca de Ji Eun.

— Queridinha, saia do meu caminho.

Oppa, quem é ela?

— Ninguém, meu amor. — Jinyoung se posicionou na frente da criança, que logo segurou na perna dele, em busca de proteção. — Isso o que você está fazendo é perseguição. — O advogado informou, com um olhar sério. — Eu vou te processar se continuar com isso.

— Perseguição? Eu estou tentando me encontrar com a minha filha!

— Não. O que você está tentando é fazer um inferno na vida a alheia. Agora saia já da minha frente.

— Haneul...

— Você está ficando maluca?! — O moreno arregalou os olhos, de maneira ameaçadora. Nunca na vida ele pensara tanto em bater em uma mulher. — Não dirija a palavra a ela. Você não tem qualquer direito. E saiba que como advogado de Mark, eu vou colocar essas suas investidas no processo.

— Oras... envolvimento afetivo não interfere nessas coisas? — A morena sorriu cinicamente, ao que Jinyoung devolveu na mesma moeda.

— Isso só prova o quão burra você é, querida. Agora, saia.

Sem esperar qualquer retaliação, Jinyoung pegou Haneul em seu colo, se certificando de evitar que a menina olhasse para a cara de Ji Eun enquanto se movia às pressas, mas sem aparentar correria, para o carro de Jackson.

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