Capítulo 4

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Vivian a olhava meio que curiosa, o que a tal mulher queria?

M:Vocês são da polícia?

Vivian não pode deixar de rir ao ouvir isso, a expressão da senhora ao aguardar a resposta a denunciava.

V:Não. (rindo)

M:Ah, é que você sabe, somos humildes, se formos regularizar tudo de uma vez não teríamos condições.

V:Entendo, nós viemos aqui atrás de uma amiga, por falar nisso tem outra pensão ou pousada aqui pela cidade?

M:Não, na cidade de Fiore sou a única! (sorrindo)

V:Então talvez a senhora possa me dar uma informação.

No fim do ano passado, a senhora hospedou aqui em sua pensão, uma mulher de uns quarenta e pouco de idade, estava junto a uma menina de aproximadamente 14 anos.

M:Não, não me lembro.

V:A senhora hospeda pessoas aqui a longo prazo? Creio que Lívia não arrumaria uma casa para morar de uma hora para a outra.

A senhora estava pensativa.

V:É muito importante, por favor, tente se lembrar.

M:Sim! Acho que sei. (entusiasmada)

Otávio que conversava com Luiz logo voltou junto a Vivian.

O:Alguma pista?

V:Talvez. (sorrindo)

M:Ela tem os olhos bem verdes?

O:Isso! (ansioso)

M:Ah, então eu sei quem é, ela realmente ficou aqui na minha pensão por quase um mês. Depois ela comprou uma casa afastada aqui da cidade.

V:Por favor, a senhora saberia nos dizer onde fica essa casa?

M:Claro!

Enquanto isso na casa de Lívia.

Julia continuava em seu quarto, se Lívia não fosse até lá, provavelmente a menina nem comeria.

Já estava acordada e continuava sentada em sua cama, quando Lívia bateu levemente e abriu a porta.

L:Filha? Vem tomar café.

Julia nem a olhava.

L:Julia, meu amor, eu só quero vocês ao meu lado. Ein? (se aproximando)

J:Mãe...

L:Não fica assim comigo. (acariciando os cabelos da filha)

J:Você vai estragar tudo. (saindo)

Lívia tentava ter o máximo de calma com ela, afinal, era um problema atrás do outro, Julia tinha tudo para ter um emocional frágil, uma personalidade instável. Mas Lívia não conseguia enxergar que a filha havia ficado forte, o emocional com uma preparação que talvez nem a sua mãe tivesse.

Assim que Julia chegou à cozinha, primeiro percebeu algumas caixas, poucas, mas notáveis, estavam em cima do armário. Mas antes de voltar ao seu quarto e confirmar com a mãe o que já desconfiava deparou com suas irmãs fazendo a maior bagunça, Esme havia alcançado a colher do Iogurte da mãe que estava na mesa e passava a mesma no rosto da pequena Pérola em meio a gostosas gargalhadas.

J:Ei! (Pegando a colher da mão da pequena)

Pegou uma fralda e limpou o rosto da irmã.

J:Não me olhem assim... (enquanto limpava as pequenas). Mamãe às vezes precisa ouvir algumas verdades.

Confidências Parte 2 [Concluída]Where stories live. Discover now