cinco.

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Seus trajes o deixavam ainda mais atraente

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Seus trajes o deixavam ainda mais atraente. Terno preto, com uma camisa social branca. As mangas erguidas até os cotovelos. Me espantei ao ver um desenho feito com tinta preta em seu antebraço. Era uma tatuagem. Extremamente incomum encontrar alguém com os rabiscos no corpo.

Não pude deixar de sorrir. Ele retribuiu o gesto, pigarreando em seguida. Parecia nervoso, sem saber ao certo o que dizer.

Fui pega de surpresa quando sua mão se esticou em minha frente. Carregava uma rosa.

— Feliz aniversário.

Puxei-a cuidadosamente pelo caule. Apreciei o aroma perfumado.

— Obrigada. É linda.

Mantive a flor entre meus dedos.

Pelo tecido do terno, notei alguns músculos bem definidos. Seus ombros estavam tensos.

— Nunca pensei que a garota de ontem seria da Família Real. Quem diria que a princesa de Veneza era tão encantada por quadros?

— Me desculpe, não tive a intenção de enganar ninguém. Queria aproveitar a noite sem ser bombardeada pelas pessoas.

— Não me enganou. Você estava deslumbrada com toda a situação. Nenhuma camponesa responderia daquela forma.

Engoli em seco, sentindo-me pega em flagrante. Abaixei a cabeça na tentativa de fugir de seu olhar julgador. Mas de fato, ele parecia indiferente.

— Obrigada por não ter feito nenhum alarde.

Deu de ombros.

Um silêncio desconfortável marcou presença. Sentia calafrios. Era como se borboletas dançassem dentro de minha barriga. Eu estava, de fato, ansiosa.

O garoto passou seu olhar ao redor, rindo.

— Esse jardim é maior do que minha casa.

Deveria me oferecer a levá-lo para conhecer?

— Posso te mostrar. — não hesitei. — Se quiser, claro...

Sua expressão suavizou.

— Eu adoraria.

Passei ao lado do garoto, meu vestindo esbarrando em suas pernas longas. Caminhei lentamente, sendo seguida por ele. Logo, ele já andava ao meu lado. Passamos por arbustos e um comedouro para passarinhos. O único som eram os de nossas respirações tranquilas.

Nos aproximamos da estufa.

— Este é meu lugar preferido.

Atravessei ao cercadinho, acompanhada pelo rapaz. Ele permaneceu em transe ao notar as margaridas e as orquídeas em perfeito estado.

Saímos em seguida. Ainda, nenhuma palavra dita.

Enfim, chegamos ao chafariz. A água jorrava para perto de nós. Podia sentir algumas gotículas estapeando meu rosto. Não me incomodava. Estar ali me trazia calmaria. E aparentemente, não o desagradava também.

Ele passou por mim e sentou-se no mármore, tomando a liberdade de passar os dedos pela água cristalina. Eram mãos grandes. Dedos largos decorados por dois anéis. Me questionei se significavam algo.

Olhou para mim, me flagrando a encará-lo.

Decidi quebrar o silêncio.

— Caso não saiba, meu nome é Elise.

Quando sorriu, minhas bochechas arderam, então tratei de fugir do seu olhar. Seu sorriso suavizou, e ele enfiou a mão no bolso da calça. Retirou um pequeno papel amassado. Pude reconhecer o bilhete que havia o enviado.

— Você não pediu que suas criadas entregassem isso por nada. — esticou o papel em minha direção. — Preciso saber o motivo disso.

Ergui o queixo, o encarando.

— A Rainha me perguntou o que desejava de aniversário. Meu quarto é muito simplório. Quero mais desenhos, mais cores.

Suas sobrancelhas formaram um sinal de dúvida. A testa franziu. Peguei a carta de suas mãos.

— Mamãe quer um artista para desenhar a Família Real. Então, juntei o útil ao agradável. — sorri para ele. — Quero que faça os desenhos.

Assim que minhas palavras alcançaram sua audição, ele se levantou brutalmente.

— O que tem na cabeça? Desenho apenas porque gosto. Não posso pintar quadros para a Família Real.

— Você é muito talentoso. Tenho certeza que fiz a escolha certa.

— Entenda princesa, sou amador. Não posso fazer o que me pede.

Irritada com sua insolência, joguei o bilhete no chão, dando um passo em sua direção. Nossos corpos ficaram próximos.

— Sou a futura Rainha de Veneza. Se pensa que estou pedindo, está enganado. — bati o dedo contra seu peito. — É uma ordem. Você vai pintar os malditos quadros.

Esbarrei propositalmente em seu ombro quando passei por ele. Dei alguns passos em direção ao castelo. Então, parei quando percebi estar sozinha, me voltando em sua direção. Ele ainda estava parado no mesmo lugar, perplexo.

— Caso não percebeu, deve me seguir.

E então, sai.

Um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios quando notei sua silhueta logo atrás de mim.

n/a: update duplo, uhuuuuu! eu ia postar ontem a noite, mas tava ocupada votando pra thelminha ganhar o bbb

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n/a: update duplo, uhuuuuu! eu ia postar ontem a noite, mas tava ocupada votando pra thelminha ganhar o bbb. pelo menos deu certo né hahaha

espero que gostem. até o próximo. beijinhos!

looking at me [h.s.] [portuguese]Where stories live. Discover now