O ESCOLHIDO

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Terra G38, 07:45 da manhã, domingo

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Terra G38, 07:45 da manhã, domingo.

Bianca Oliveira de Andrade preparava uma xícara de café solúvel na pequena cozinha de seu apartamento, mais um dia iniciava. Ela andava muito preocupada com a faculdade de Direito e sua cabeça girava só de pensar na quantidade de trabalho que tinha para fazer, nunca esteve tão atarefada durante toda a sua vida! Morar em um apartamento minúsculo (era o que uma estudante universitária podia pagar), trabalhar meio período na loja de roupas da tia, estudar para as provas, tudo estava sendo muito estressante. Mas, ela estava seguindo seus sonhos, certo? Um dia, a vida teria que melhorar.

Depois de sentar na bancada, Bianca tirou seus óculos para tomar o café (as lentes sempre embaçavam com o calor da bebida) e começou a verificar as notificações do celular. Mensagens de seus amigos, uma ligação perdida de sua mãe, um aviso de uma rede social, nada realmente empolgante. Por que nada de empolgante acontecia em sua vida?

No exato momento em que pensava sobre isso, uma espécie de luz — bolha de energia arroxeada, talvez? — apareceu em sua frente, a luz foi ficando cada vez mais fraca, até que revelou... dois caras que simplesmente apareceram em seu apartamento!? O que estava acontecendo? Bianca ficou tão chocada com a situação que derrubou o celular e começou a gritar.

— AAHHHH! QUEM SÃO VOCÊS? O QUE FAZEM AQUI? ISSO É UM ASSALTO? EU NÃO TENHO DINHEIRO!

— Desculpa, garota! Não queríamos te assustar, se você deixar que eu explique o que está acontecendo...

Um cara não muito alto, de cabelos castanhos ondulados e olhos verdes, vestindo calça de moletom e camiseta, começou a falar. Mas aquilo serviu para que ela ficasse ainda mais assustada.

— VÃO EMBORA! EU VOU LIGAR PRA POLÍCIA, TÔ AVISANDO! SAIAM DAQUI!

— E contar o quê? Que dois homens apareceram em seu apartamento envoltos em uma luz e querem pacificamente conversar com você? — O outro cara decidiu falar dessa vez, era um pouco mais alto que o primeiro e parecia menos amigável. — Bem... Deve ser meio confuso pra você. Por que não começamos de novo? Queremos conversar, só isso.

Como a garota só olhou para eles espantada e em silêncio, ele resolveu perguntar mais uma vez — Então, podemos conversar?

Enquanto ele tentava explicar a situação, o que falara pela primeira vez conversava com alguém através de algum aparelho em seu ouvido, parecido com algo saído dos filmes de espionagem.

— Certo, certo, certo... — respondeu Bianca — MAS EU TENHO SPRAY DE PIMENTA! — ela exclamou enquanto pegou um frasco do outro lado da bancada. — SE TENTAREM ME ROUBAR OU FAZER QUALQUER OUTRA COISA, VOU USAR ISSO AQUI!

— Está bem!

— AGORA, ESTOU PEGANDO MEU CELULAR E VOU ATÉ A PORTA DA FRENTE, O NÚMERO DA POLÍCIA VAI ESTAR PREPARADO PARA SER CHAMADO A QUALQUER INSTANTE E, SE EU NÃO GOSTAR DA CONVERSA, VOU SAIR POR AQUELA PORTA E NÃO VOU VOLTAR SEM UM POLICIAL!

— AGORA, ESTOU PEGANDO MEU CELULAR E VOU ATÉ A PORTA DA FRENTE, O NÚMERO DA POLÍCIA VAI ESTAR PREPARADO PARA SER CHAMADO A QUALQUER INSTANTE E, SE EU NÃO GOSTAR DA CONVERSA, VOU SAIR POR AQUELA PORTA E NÃO VOU VOLTAR SEM UM POLICIAL!

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