Operação Zabuza

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Yuriko 

Eu precisava de uma boa razão para fazê-los sair daquela caverna, eu estava á um passo da liberdade, meu príncipe de cabelo branco, como diz Itachi, estava ali fora, esperando por mim, tudo o que eu precisava era de uma mentira, uma pequena mentira.

— Yuriko! — Itachi chamou meu nome, sua voz estava aflita, provavelmente já fazia um tempo que ele estava me chamando. — Você está bem? — É isso. Não, ele não se importa o suficiente comigo para isso, mas por outro lado eles precisam de mim viva.

— Eu. — respirei fundo olhando para cima. — Eu não estou me sentindo bem. — Kisame nos encarou de modo curioso. Aquele cara não nos deixava nem quando estávamos comendo, ele ia ser um pé no saco.

— O que você está sentindo? — Ele se levantou, com cuidado me segurou pelos ombros e me levantou.

— Estou com falta de ar, está tudo tão escuro. — Ele arregalou os olhos assustado. Por um fração de segundos eu cheguei a acreditar que ele realmente estava preocupado comigo.

— Você precisa se acalmar tudo bem. — Eu neguei, forcei minha respiração a deixando mais irregular e pesada. Infelizmente aquilo realmente me afetava, e quanto mais eu fazia isso mais meu corpo formigava.

— Me tira daqui — murmurei chorosa, minha cabeça estava começando a doer pela falta de oxigenação, minha visão começava a ficar turva. Ponto para mim, agora eu já não estava mentindo.

— Kisame, abra a porta, vamos abra essa merda. — O cara de peixe negou, ele tinha um maldito sorriso nos lábios. Como eu queria socar a cara daquele filho da puta. De novo.

— Ela vai ficar bem. — Itachi me colocou sentada em cima da mesa e em menos de um segundo ele estava em cima de Kisame.

— Você está sem sua espada aqui. — Itachi apertou seus dedos contra o pescoço de Kisame. — O pouco chakara que eu tenho, como você diz, é mais que o suficiente para te transformar em sashimi de tubarão, você me entendeu? — Se eu não tivesse sendo observada eu sairia da minha atuação e arregalaria meus olhos. Seria mais fácil ele dizer que o tal do Pain me quer viva. Ele perdeu a cabeça? Ele realmente está preocupado?

—  Você está perdendo sua cabeça por causa dessa garotinha. — Kisame murmurou. — Se você fosse esperto não faria isso.

— Abra. — Os dois caminharam até a entrada, e rapidamente eu pude ouvir o barulho da pedra se movendo. Agora começaria o jogo.

Itachi me agarrou novamente, agora pela cintura, com cuidado caminhou comigo até a parte externa. Kisame se manteve no lago, de olho da entrada do esconderijo, enquanto Itachi caminhou comigo até a beira, e me sentou na grama encostada em uma pedra. Eu precisava pensar em como eu ia fazer para distrair Itachi.

— Você está melhor? — Ele se abaixou do meu lado e eu assenti. Sua proximidade me fizera agarrar a grama abaixo de mim. A grama, é isso.

— Itachi. — Ouvi Kisame chamar, estava acontecendo. A névoa começou a subir, densa e em grande quantidade, espalhando pelo ar..

— O que está. — Eu não dei tempo para que ele chegasse a uma conclusão, ativei meu Byakugan e me joguei em cima dele.

— Você, mentiu para mim. — Ele tentou se mover. Graças a todas as vezes em que estive em cima dele, talvez não do jeito que eu queria, eu aprendi a sentar em cima de seus braços e quadris, ele não poderia fazer muita coisa. — Se sair de cima de mim eu te pego. — Ele murmurou. — Essa névoa não funciona pra mim, não importa quantos pontos de chakara você acerte, eu me levanto e vou atrás de você. — Eu o encarei séria, sabia que era verdade. Eu sabia que ele estava debilitado, mas mesmo assim ele era capaz de muita coisa, mesmo com seu pouco chakara.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora