15º Capítulo

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Finalmente a gente já tava chegando em casa, olhei no espelho do carro e minha bochecha tava suja, limpei com o dedo mesmo pra tirar aquele batom de mim. Victor entrou na portaria e deixou o carro do lado da fonte, saímos e ele jogou a chave pro capanga da porta guarda o carro.

Entrei em casa e Victor logo atrás, Russo e Beatriz tava no sofá tomando uísque conversamos.

- Mari - ela diz empolgada vindo até mim.

- Oi - abraço ela.

- Eae Dk - Russo bate na mão dele.

- Vamos tomar vinho? - ela pergunta olhando de rabo de olho pros dois.

Entendi bem o recado que a gente não pode participar das conversas deles.

- Vamos.

- Carol - Beatriz chama e ela aparece - Leva um vinho pra gente na varanda lá em cima?

- Levo sim - ela sorri e sai.

Beatriz vai pra escada e eu vou até Victor dar o celular dele que ainda tava comigo.

- A gente tá na varanda - digo e ele confirma pegando o celular da minha mão.

Bateu até uma saudade do meu agora. Subi com a Beatriz e nos sentamos na mesinha que tem lá, não demorou nada pra Carol vim com o vinho e as taças.

- Valeu flor - ela diz e Carol sai - Mas e aí me diz - ela serve a gente - Onde vocês foram?

- Ele foi resolver uma coisa na favela e me levou junto.

- Vi que você tá mais a vontade com a presença dele.

- É.. bom já faz um tempo que to aqui então alguma hora tenho que acostumar - bebi um gole do vinho.

- Mas como foi lá?

- Foi bem, tirando o fato que fui rotulada como mulher dele - ela ri.

- Isso é normal, Dk nunca foi de aparecer acompanhado de uma mulheres nos lugares.

- Serio? Achei que era ao contrário.

- Não é nada menina - bebeu seu vinho - Conta mais.

- O dono da favela não tem dinheiro pra refazer a creche que desabou lá - ela fica surpresa - Então pediu dinheiro pro Victor.

- Mas essas coisas são caras, quanto ele pediu?

- A obra ao todo, pelo que eu entendi, ela ficou 130 mil - ela abre a boca incrédula - Eles investiram 30 e pediram 100 pra ele.

- Mentira? É muito dinheiro - ela diz ainda incrédula.

- Também pensei nisso.

- Turco não vai ter pra pagar - ela toma seu vinho.

- Eles vão matar ele.. - ela olha pra mim cabisbaixa - Não vão?

- Mari sei que é difícil se acostumar mas esse é quem o Dk é - ela diz.

- Hoje a gente tava brincando no café da manhã - digo lembrando - Dei pra ele comer umas misturas que eu gosto e a gente acabou se divertindo com isso - sorri sem humor e ela também - Por um momento esqueci quem ele era e o real motivo de eu estar aqui.

- Real motivo?

Meu coração veio na boca, merda falei demais.

- Sabe que eu fui comprada e não vim pra cá por boa vontade - contornei e ela sorriu fraco - O real motivo de eu ter vindo pra cá foi por causa de um leilão idiota e pensar que ele comanda uma máfia não é legal.

Querida Mariana Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora