⋆⊰ Capítulo 31 ⊱⋆

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[...]

Logo após saímos do hospital paramos em uma farmácia próxima para pegarmos os medicamentos prescritos, e lado a lado caminhamos pela calçada.

Sinto a brisa leve bater em meu rosto e ela parece diferente de tudo o que já senti, sinto que flutuo quando ela atinge minha pele e ressoa suave pelos meus ouvidos, quase como se sussurrasse: "Você está salva."

Um sorriso se abre em meu rosto e sem pensar duas vezes me agarro ao braço de Ryan, encostando minha cabeça em seu ombro.

— Esse sorriso nunca deixa de ser encantador. — Sinto seu beijo sobre meu cabelo e me derreto.

— Você é o motivo dele, de cada um dos meus sorrisos.

Ryan me envolve em seus braços e abraço seu peito, apreciando seu calor.

— Não fala assim, eu tenho o coração muito frágil no momento. — Ele sorri, depositando mais beijos sobre meus cabelos e ouço seu coração bater com vigor no peito.

— Eu estou faminta, que horas são? — Questiono ao sentir meu estômago roncar.

— Duas da tarde. Nem parece que passamos tanto tempo lá.

— Vamos encontrar uma lanchonete.

Nos guio a uma lanchonete próxima e nos acomodamos em uma mesa ao ar livre.

— O que você vai querer? — O fito, vendo sua expressão sem jeito. — O que foi?

— Não gosto que gaste dinheiro comigo, me sinto um aproveitador. — Ele coça o rosto com incomodo. — Preciso arrumar um emprego.

— Antes, você precisa mesmo é melhorar da sua abstinência. Até lá, não quero que se sinta incomodado, pense em mim como a sua fada madrinha. — Sorrio e ele estreita os olhos, não muito contente. — Então, o que vai querer?

— O mesmo que você.

— O que desejam?

A garçonete vem até nós, uma moça alta e morena, seu olhar azulado logo se atenta a Ryan e demonstra interesse, mas para o meu alívio, ele não parece notá-la.

— Um combo da casa para os dois. — Trago sua atenção de volta a mim, sentindo uma ponta de ciúme.

— É pra já! — Ela esboça um largo sorriso e nos dá as costas com pressa.

Bufo, nada contente com a situação e junto minhas mãos sobre a mesa, desanimada.

— O que foi isso? — Ryan ri ao questionar e rapidamente me recomponho.

— Nada.

— Está com ciúmes?

— Não! — Minto descaradamente e ele ri, percebendo tudo.

A garçonete volta em pouco tempo com nossos pedidos em mãos e um largo sorriso no rosto.

Esse sorriso... que droga!

— Aqui está! Mais alguma coisa? — Ela pergunta, se direcionando diretamente a Ryan.

— Não, estamos bem. Obrigado! — Ele segura minha mão posta sobre a mesa e a beija com doçura.

— C-certo. Com licença. — O grandioso sorriso da garçonete se dispersa e incomodada, ela se retira.

Fito Ryan, surpresa, e seu sorriso genuíno me deixa sem jeito.

— Por que se incomoda com as pessoas a nossa volta? Vê onde meus olhos estão? — Ele pega uma batata da porção e a direciona em minha boca, seu brilhoso olhar bem concentrado em mim. — Minha bela dama. — Sua voz ressoa quase como um sussurro, tal que derrete todo o meu interior e nesse momento gostaria que estivéssemos sozinhos.

Luzes da VidaWhere stories live. Discover now