La Fiesta

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O dia amanheceu ensolarado na minha doce Resende. Era um sábado calorento e claro, que prometia muito, afinal mais tarde aconteceria o famigerado aniversário de Camila Machado, vulgo minha melhor amiga.

Normalmente acordo às 07 horas da manhã, todos os dias, mesmo quando não tenho aula. Meu relógio biológico é meio bizarro. Mas sempre fico enrolando na cama. Entretanto, devido aos acontecimentos da noite anterior, meu cérebro somente despertou totalmente às 09h30min. Caralho!!! O PRESENTE DA CAMS.

Pulei da cama e já peguei a caixa pra sair. Sem banho, sem nada de perfume, apenas tinha escovado os dentes. Quando passei na sala, Lourdes estava conversando ao telefone:

- Carol, minha menina, finalmente levantou. – disse com a mão tapando o bocal do aparelho telefônico.

- Oi, Lourdes. Tchau, Lourdes – dei um beijo em seu rosto e já ia me encaminhei para a porta.

- Menina e seu café da manhã? – falou.

- Obrigada, mas volto para o almoço Lourdes. – ainda gritei.

Ainda que estivesse bem atrasada, meu único meio de transporte era minha bicicleta. Então amarrei a caixa no guidom e sai.

Não moramos tão longe uma da outra. Vivo no Jardim Brasília e Camila, em Campos Elíseos, uma parte mais central da nossa pequena cidade. No bairro dela, inclusive, também está localizado o Colégio Moraes.

Cheguei no prédio de Camila e vi professora Marcela na portaria, já com suas luzes de cabelo retocadas. Ela sempre foi uma mulher lindíssima.

- Bom dia, professora! E desculpa a demora, acordei tarde. – disse quase sem fôlego pela distância e velocidade que coloquei na bicicleta para chegar rápido. – Camila já acordou?

- Bom dia, Carolina. – me cumprimentou Marcela. – Até alguns minutos atrás não. Sabe como é dia de sábado para Camila, né!? Está com uma máscara no rosto e usufruindo o sono da beleza, como ela mesma diz.

- Ai que ótimo. – suspirei aliviada. – Posso até ver ela dizendo isso.

- Deixa eu te ajudar com isso. – minha professora foi me ajudar pois o embrulho estava pesadíssimo.

- Obrigada Marcela. – disse entregando o pacote.

- Imagina. – com o embrulho na mão. – Quer um copo d'água, Carolina?

- Não, obrigada. Eu só passei para entregar o presente mesmo. Inclusive já vou indo. – Já estava dando meia volta com a bicicleta.

- Então, até mais tarde.

- Até.

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POV Laura

Acordei com o ronronar de Platô em meu pescoço. Sorri. Adorava ser despertada com carinhos pelo bichano. Dei uma olhada no relógio analógico que ficava na cabeceira e suspirei, afinal já passavam das 12h. Levantei e olhei-me no espelho. Conclui que a cara amassada estava horrível, mas que provavelmente passaria até a hora do aniversário de Camila.

Com o som ligado numa rádio local, e com uma caneca grande de café fresquinho, comecei a observar meu apartamento sentada no sofá. Ele era pequeno, só continha sala, cozinha, banheiro e um quarto. Estava localizado no mesmo edifício que o de Felipe, pois, tive sorte de encontrar um local perto de meu melhor amigo. Morávamos em um prédio antigo, não muito longe do Colégio Moraes.

Agora sim, depois do café, me sinto desperta e pronta para mais um dia, só que Platô já veio com seu jeitinho manhoso, se ajeitou ao meu lado e adormeceu. Como que levanto? Não, simplesmente não levanto.

Stubborn Love ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora