Capítulo Quatorze

1.1K 138 95
                                    

Heyoon

Alguns dias depois...

Foi tudo incrível! Eu simplesmente amei passar o tempo com o Lamar. Nos conhecemos melhor e nos tornamos grandes amigos. Já voltamos para casa e estamos sozinhos. Sem Luize e Diarra. Apenas nós dois. Não que eu esteja reclamando, claro que não, muito pelo contrário, eu diria.

- Ei, vamos assistir um filme? - Lamar propõe.

- De terror, pode ser? - ele pergunta e eu acinto.

- Vou fazer pipoca pra gente, escolhe o filme aí. - vou para cozinha e começo a preparar a pipoca.

- Já assistiu Invocação do Mal? - Lamar grita da sala.

- Já! Só o primeiro, o segundo ainda não. - grito de volta.

- Vou colocar o segundo então. - ele grita novamente. Daqui a pouco vamos ficar roucos de tanto gritar. Procuro uma vasilha pra pipoca, mas não acho. Ainda não me acostumei com essa casa enorme.

- Onde será que está? - procuro mais pouco.

- Deve estar aqui em cima. - fico na ponta dos pés e coloco as mãos na vasilha, porém, perco todo o meu equilíbrio e escorrego. Sinto mãos envolvendo minha cintura e me assusto.

- Está tudo bem? - Lamar pergunta. Como ele chegou aqui tão rápido?

- Eu... Sim. - tiro as mais dele da minha cintura rapidamente.

- Como você sabia que eu... - começo, mas logo sou interrompida.

- Eu te ouvi falando sobre procurar uma vasilha. E como eu sabia que você não ia alcançar, eu vim pegar para você.

- Ah. Entendi... Bom, então vai ter que colocar as coisas mais para baixo. Assim eu posso alcançar. - eu digo e ele da uma risada fraca.

- Tem razão. - ele ajunta a vasilha que tinha caído no chão, e me entrega. Coloco toda a pipoca na vasilha, e coloco um pouco de sal. Vamos para a sala, e Lamar inicia o filme. Dou uma leve tremida, e Lamar percebe isso.

- Está tudo bem? - ele pergunta.

- Com um pouco de frio... - eu digo e ele pausa o filme, levanta do sofá, e sobe as escadas. Alguns minutinhos depois ele volta com um cobertor e travesseiros.

- Pega. - ele diz me entregando o travesseiro. Ele senta no sofá novamente e nos enrola no cobertor. Ele está sentado atrás de mim, e eu estou no meio das pernas dele. Me ajeito um pouco, e deito a minha cabeça em seu peito. Ele tira o filme do pause, e continuamos a assitir o filme. Estamos concentrados no filme. Tão concentrados, que quase nem comemos a pipoca. Até que tomamos um susto e eu dou um grito.

- AHHHH! Da onde veio esse negócio? - pergunto, me recompondo do susto.

- Nem eu sei. Mas essa me assustou. - continuamos a assistir o filme. E dessa vez, comemos a pipoca.

Algumas horas depois...

O filme finalmente acabou e Lamar está no quarto comigo.

- Você não vai tomar banho? - ele pergunta.

- Eu tenho mesmo? Tá tão bom aqui... Tá quentinho...

- Tudo bem, faça o que quiser então. - nossa.

- Que grosso!

- E grande também, mas disso, você já sabe.

- Tenho a leve impressão que já ouvi isso antes. - digo e dou uma risada.

- Tá, eu vou tomar banho. Mas por que eu quero, não por que você falou pra eu fazer isso. - ele diz.

- Tudo bem então. -  ele levanta as mãos em rendimento. Me desenrolo do meu pequeno ninho de cobertas, e vou tomar um banho. Entro na banheira e me permiti relaxar na água quente. Lamar entra no banheiro me deixando assustada.

- Você me assustou... - revelo.

- Espero que não se importe, se eu ficar aqui com você. - ele diz.

- Tá tudo bem? - pergunto preocupada, ele está com um cara nada boa.

- Eu dormi por alguns minutos, e acabei tendo um pesadelo.

- Foi por causa do filme? Se eu soubesse eu não...

- Não. Não tem nada haver com filme. Eu só... Esquece. Fica comigo? Por favor? - ele pergunta.

- Tudo bem, eu só vou, me secar, e já vou lá para o quarto.

- Tudo bem. - ele diz quase em um sussurro e sai do banheiro. Me seco rapidamente e saio do banheiro. Vejo que Lamar está tomando um remédio,  e volto rapidamente para o banheiro. Será que ele me viu? Saio do banheiro mais uma vez. E vejo que Lamar já está sentado na beirada da cama.

- Eu... Lamar... Desculpa a curiosidade... Mas... É que eu vi você tomando um remédio e...

- Ansiedade.

- O que?

- O remédio, sobre o que você está me perguntando. É pra ansiedade. Eu só tomo quando tenho pesadelos, geralmente são pesadelos que me abandonam, ou algo do tipo.

- Desculpa... Eu não deveria ter tocado no assunto... Parece ser delicado para você...

- Tudo bem... Afinal, eu tenho que te contar essas coisas né? Somos casados afinal.

- É... Você tem razão. - vou para a beirada da cama também e me sento. Lamar deita sua cabeça sobre meu colo. Foi algo repentino que me assustou, mas logo, estou fazendo carinho em sua cabeça. E ele está de olhos fechados, caindo no sono novamente.

- Promete não me deixar Yoon?

- Prometo. - eu digo dando um beijo em sua testa.

𝑪𝑨𝑺𝑨𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶 𝑭𝑶𝑹𝑪𝑨𝑫𝑶 • 𝘩𝘦𝘺𝘮𝘢𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora