capítulo 12

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🔫 Ret 🔫

Mermão eu tava sem saber oque fazer, papo dez.

De um lado era Yasmim toda sorridente na rua foda-se pra confusão e do outro era a mãe da Cássia querendo voar na doidona que tava indiferente pra situação.

Tinha um amontoado de gente em frente à casa e assim que os caras tiraram o corpo da Cássia de dentro do barraco começou o berrero.

Eu não tinha paciência pra um monte de mulher chorando não, tava sem condições.

Cocei a cabeça e olhei em volta procurando Yasmim, que claro tinha sumido.

Fui pro meio da rua e vi ela pegando um cigarro com Binho e indo em direção ao pico. Fui atrás, deixando uma distância boa entre nós. Chegando na lajezinja, ela sentou na beirada com as pernas ao vento e acendeu o baseado, tragando e soltando a fumaça.

Ret: Tá melhor? - Ela assentiu sem me olhar e eu sentei do lado dela, que descansou a cabeça no meu ombro. - Sabe que isso não vai trazer o bebê de volta né?

Ya: Não vai trazer nenhum bebê de volta - Sorriu falso. - Foi tudo culpa dela.

Ret: A gente pode adotar - Ela balançou a cabeça.

Ya: Eu quero um filho. Um filho que tenha o mesmo sangue que o meu e que tenha a porra da sua cara... - Sorriu. - Adotar não é uma opção.

Ret: E se for?

Ya: Não é.

Ret: Se eu achar um bacuri pela rua?

Ya: Você não vai achar nenhum bacuri pela rua - Respondeu impaciente. - Cala a boca e deixa minha onda bater, por favor?

Ret: Sim senhora.

Ela deitou com a cabeça nas minhas pernas assim que terminou de fumar e fechou os olhos, deixando algumas lágrimas caírem pelo canto dos olhos.

Fiz um cafuné ali até ela dormir e foi minha vez de acender um baseado pra clarear as ideias.

Aconteceu coisa pra caralho em tão pouco tempo. Yasmim é esse imã que atrai confusão, talvez seja por isso que eu sempre corria atrás dela.

Eu gostava dos desafios impossíveis.

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