capítulo 35

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Binho ☠

JP: Já achou o cuzão que atirou no Ret?

Binho: Achamo né, nós é pica!

JP: Cadê o cara? Levaram pra salinha?

Binho: Metralharam o cara - Ri. - Ele tá queimando nas chamas do inferno juntinho com VK nesse exato momento - JP riu fraco e saiu depois dos cara ter chamado ele pelo radinho.

Parada no morro tava frenética, fi.

Teve invasão de cu azul nenhum, eram os cara do Falcão querendo tomar o morro.

Um dos caras dele atirou no Ret e o mano caiu durinho no chão... O mano tava do meu lado, então vocês devem entender meu desespero no momento.

Levaram ele pro hospital e pelo oque eu entendi o Ret tá bem. Falcão até agora ninguém viu e eu espero que achem ele.

Os caras estavam tirando os corpos das ruas e correndo atrás dos homens que sobraram. Depois de sair da boca fui pra casa e vi uma movimentação estranha.

Binho: Ou! Qual foi, doidona?

Thay: Desculpa - Negou chorando. - Desculpa, desculpa Breno...

Nem entendi o desespero dela, mas depois que Yasmim saiu desmaiada nos braços de um dos vapores, ourtros dois carregando Falcão e mais outros dois com Rute nos braços, me desesperei.

Ela tinha algumas marcas e sangue espalhado pelo corpo.

Fiquei parado olhando ela sendo levada até um carro sem conseguir me mexer. Coração batia mais rápido que tudo e eu tava sem reação pra nada.

Depois de um tempo consegui andar e fui até Thaynara, que chorava muito nos braços do JP. Parei na frente deles e assim que ela me viu começou a chorar mais, soluçando e os caralho.

JP: Para de chorar cara... respira fundo, vai - Ela tentava imitar ele mas não conseguia e voltava a chorar. Thay tava toda vermelha e com as mãos cheias de sangue.

Binho: O-oque aconteceu?

Thay: Desculpa, desculpa - Choramingou. - A gente tava mudando de quarto como você mandou e a Rute ficou lá pra pegar fraldas pro Samuel mas ela demorou muito e eu escutei um barulho estranho, então Ya foi ver o que era e ela também demorou a voltar - Ela balançava cabeça e enxugava as lágrimas que não paravam de descer. - Depois... depois de um tempo eu escutei dois tiros e fui lá ver oque tinha acontecido e quando cheguei lá, e-ela... me desculpa era pra eu te ido ajudar ela, eu não...

Dei as costas e fui em direção ao carro em que ela estava. No carro ao lado estava Falcão com uma marca de sangue na barriga, igual a ela.

Entrei e sentei no banco de trás puxando ela pro meu colo.

Binho: Ei, Rute - Chamei mesmo sabendo que ela não ia responder. - Preta, acorda por favor... cê vai me deixar aqui sozinho? E o nosso filho? Os nossos filhos? José já perdeu uma mãe, ele não pode te perder também. Não vou conseguir fazer isso sem você, cara... por favor, Rute, acorda! - Juntei nossas testas e a beijei pela última vez, afundando meu rosto nos seus cabelos e sentindo o cheiro maravilhoso que eles tinham. - Por que nós não se conheceu antes, nega?

- Mano, nós vai levar ela no hospital - Alertou um dos vapor. - Vou guiar, beleza?

Binho: Fica de bobeira na pista não, irmão - Ele assentiu e ligou o carro.

Voltei a olhar a mulher que tinha me conquistado em poucos dias e senti uma puta dor no peito, uma sensação estranha, que mesmo sem saber qual era, me deixou ciente de que eu nunca ia encontrar ninguém igual a ela e que eu nunca mais ia me apaixonar de novo.

BANDIDAGEMWhere stories live. Discover now