Mais de uma semana havia se passado desde que Hugo nascera, e por mais curto que esse período de tempo fosse, para os jovens papais era como se tivesse passado uma eternidade; durante os dias que sucederam o nascimento do seu primogênito, Adrien e Marinette tiveram que se habituar a rotina do filho, os horários de suas mamadas, aprenderam a diferenciar seu choro e aos poucos foram ganhando confiança em si mesmos; claro que nem tudo são flores, eles passaram por dificuldades também, como quando Hugo teve sua primeira cólica, enquanto o bebê chorava e se contorcia, Marinette chorou junto tentando acalmá-lo enquanto Adrien ligava desesperado para a enfermeira Elize. Mas apesar desses pequenos imprevistos, o mais novo casal de Paris estava conseguindo se ajustar a sua nova vida muito bem, e como dito por Adrien no dia do encontro de turma, três dias depois daquele, eles se mudaram para sua casa nova, não era enorme como a mansão Agreste, e Marinette agradeceu por isso, e também não ficava longe de nenhum dos avós de Hugo, o que deixou todos satisfeitos; no dia da mudança, Adrien estava totalmente relaxado e radiante de alegria, nem parecia o mesmo que enlouqueceu a equipe que fez os reparos na casa, ou o homem exigente que supervisionou tudo nos mínimos detalhes, desde os reparos da sala, ao quarto do bebê e o ateliê de Marinette.
Agora, quatro dias depois a casa que pertencera a mãe do jovem Agreste, começava a ganhar a forma do lar de uma família recém formada, o parapeito da lareira já se encontrava repleto de fotos que eles tiraram nos últimos dias com o filho, com a família e os amigos que os foram visitar, além de fotos deles nos seus tempos de escola; na primeira noite foi um tanto estranho para Marinette, ela sempre sonhara com um momento assim, e ver o que sonhou ganhar vida diante dos seus olhos pareceu um pouco surreal pra pequena Dupain-Cheng. Em meio a caixas de utensílios e objetos pessoais, ela preparou o primeiro jantar para os dois e nunca se sentiu tão feliz por estar em meio a uma bagunça, ver Adrien andando pela cozinha organizando suas coisas, ou vê-lo conferindo o filho no carrinho a cada cinco minutos não tinha preço, para a garota sonhadora que ainda residia em Marinette àquela era a imagem da felicidade; o único problema se deu um pouco mais tarde da noite, quando tiveram que por Hugo pra dormir no seu próprio quarto, desde que o bebê nascera, ele nunca dormiu longe dos olhos atentos dos pais, e ter que deixá-lo sozinho naquele quarto e confiar que a babá eletrônica funcionaria, se mostrou um grande desafio, mesmo com os dois Kwamis prometendo que cuidariam dele, naquela noite a apreensão os deixou inquietos e por qualquer ruído que ouviam, se levantavam da cama e iam checar Hugo, até que o cansaço do dia os venceu.
Outro detalhe importante que estava chamando a atenção dos dois, era o fato de que desde o nascimento de Hugo, não houve um caso de Akumatizado em Paris, o que era no mínimo estranho, pra não dizer suspeito, afinal as pessoas estavam todas preocupadas com o que acontecera com Ladybug, e se Holk Moth não estava se aproveitando disso para fazer um ataque atrás do outro, os dois não sabiam se ficavam aliviados ou preocupados com seu repentino sumiço; a parte disso, Adrien estava um pouco desanimado naquela manhã, já que seria o dia que teria de voltar ao trabalho e não poderia mais passar o dia todo com Hugo e Marinette, e mesmo que soubesse das suas responsabilidades, foi muito difícil deixá-los e ir para o escritório da Agreste's, ainda mais com Plagg tirando sarro da sua cara. Já Marinette, por mais que achasse a casa muito silenciosa sem aquele gatinho bagunceiro, não teve muito tempo para se concentrar nisso, logo depois que Adrien saiu para o trabalho, Hugo acordou exigindo sua primeira refeição da manhã, e depois de alimentá-lo e trocá-lo, o bebê rapidamente adormeceu, então a Dupain-Cheng aproveitou aquele tempo para organizar algumas coisas em casa, e logo quando isso estava concluído, ela se dedicou a terminar alguns trabalhos que seus professores enviaram por e-mail; o relógio marcava nove da manhã quando conseguiu concluir tudo, até mesmo o novo book para uma coleção de meia estação da Agreste's ela conseguiu terminar de fazer, e levando em conta que acordara as seis da manhã, Marinette estava se sentindo muito bem disposta.
YOU ARE READING
Quando as Máscaras Caem
RomanceAlguns momentos em nossas vidas, são capazes de alterar todo o nosso futuro, nos levam por caminhos inusitados e impensados, alguns podem nos trazer grande dor, outros um grande presente. Para Marinette e seu amor incondicional por Adrien, aquele fo...