2 FASE: O CHIP

22 3 1
                                    

Arnaldo mais uma vez memoriza em sua mente o que vai falar.

- "Boa noite senhoras e senhores, eu me chamo Arnaldo, apesar de jovem sou Dr em Ciência da tecnologia, inventor, e um belo manipulador da mecânica e da ..." Droga, isso tá horrível, nem eu mesmo consigo prestar atenção em mim.

Arnaldo, pega sua pasta com seus estudos mais recentes, dá uma olhada no relógio, 20:03. O jantar começaria às 20:25. Arnaldo sai de casa com pressa, temendo chegar atrasado.

- Táxi! - Um táxi para ao seu lado. - Cúpula Hotel, por favor. Eu, estou em cima da hora.

*****

Arnoldo chega no hotel.
- Boa noite senhor! - Um funcionário do Hotel lhe cumprimenta na porta.

- Boa noite. O Jantar...?

- No salão principal senhor, após aquela porta. - Diz o funcionário lhe mostrando o caminho.

- Obrigado.

O Hotel era enorme, havia luz em cada centímetro do lugar, as pessoas todas bem arrumadas, e elegantes. Arnoldo não estava acostumado com aquilo.

Arnoldo, entra no salão e procura por um rosto conhecido. Próximo do meio do salão estava a mesa de jantar, pra mais de 60 lugares. Lugares reservados é claro, "Gente rica não janta com qualquer um". Pensou Arnoldo. Próximo de uma das cadeiras, em pé estava Eduardo, seu amigo conversando com uma bela jovem.

Chamou muito a sua atenção. Era uma jovem por volta dos 22 anos, igual a Arnoldo. A Jovem tinha um belo sorriso, usava um vestido de gala vermelho,calda até o chão, comprido, um ppuco chamativo, mas nem tanto,um vestido que lhe deixava mais madura na aparência, porém, mesmo assim ainda tinha um semblante de juventude. Seus cabelos castanhos, comprimidos ao couro cabeluado, como uma espanhola. Parecia uma dançarina de tango.

- Nem adianta pensar nisso Arnoldo, ela é muito areia pro seu caminhãosinho, e você não tem tempo pra romances. - Disse ele pra si mesmo.

A jovem se despede de Eduardo indo falar com um casal de convidados, parecia ser uma das anfitriãs do jantar.

Eduardo percebe a presença de Arnoldo parado lhe olhando, distante.

- Oi! - Diz Arnoldo, acenando para Eduardo.
Os dois andam em direção um ao outro, até se encontrarem.

- O horário, Arnoldo. - Diz Eduardo.

- Eu sei, perdão.

- Tá cheio de gente rica aqui, e você chega quase na hora do jantar.

- Eu sei, eu vi você falar com a senhorita de vermelho.

- Bonsouir! Senhoras e senhores, o jantar será servido! - Grita um homem com sotaque francês, nada discreto.

- Vem, vamos sentar. Depois do jantar eu te apresento ela.

- Sério?! - Diz com uma expressão de nervosismo.

- Com certeza. Ela é uma possível investidora. Ela é de descendência espanhola, a família é da "árvore real", ou algo do tipo, sei lá. Só sei que ela tem dinheiro, muito dinheiro. - Eduardo fala, levando o amigo ao lugar onde estavam reservados para eles.

Até dava pra dividir a mesa em uma escala social. Na exfremidade a moça de vermelho e outros podres de rico. No meio da mesa já tinham alguns milhonarios, com algumas centenas em sua fortuna. Até chegar próximo do fim da mesa, onde estavam Arnoldo e seu amigo. Representando aquelas pobres pessoas que poderiam. Ser ajudadas por algum rico querendo fazer caridade. Jantares assim que alimentavam o ego dos ricos, pra mostrar o quão generosos, são eles. Era a oportunidade perfeita para obter recursos. Pessoas com invenções, outras com um negócio que estava indo bem, e precisava de investimetos, para faturar muito mais.... os dois lados sempre ganhavam.

- "Eu recebo dinheiro de você, e futuramente se der certo, você recebe dinheiro de mim. Bem clichê mas funciona". - Pensou Arnoldo.

A moça elegante e atraente na extremidade da mesa parecia ser uma paerceira de negócios excelênte. Se Arlnoldo saísse daquele jantar pelo menos com uma boa impressão já seria sufciente para levar um "futuro acordo" pra frente.

Enquanto serviam o jantar ele olhava para a extremidade da mesa, gente assim não se nasce em árvore. Embora não fosse seu principal objetivo, pensou se um dia poderia estar lá. Agora parece impossível para Arnoldo, ciente do quão distante do início da mesa estava, até a outra extremidade. A moça de vermelho é uma oportunidade que ele não podia deixar passar.

Black Mirror - O CHIP DO ANTI CRISTOWhere stories live. Discover now