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2001

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2001

O soco me acertou em cheio, deixando a minha visão turva e me jogando alguns passos para trás, me segurei contra a gaiola enquanto respirava fundo, voltando em mim. Senti quando algo escorreu na lateral do meu rosto. Merda. Quentin me acertou em cheio, eu o encarei alguns passos de distância usando uma boxer preta, o corpo musculoso todo suado e os cabelos amarrados em um pequeno coque, ele sorriu mostrando os dentes cheios de sangue, sorri ao perceber que o acertei em cheio na boca.

— De novo. — Mergulhei na direção dele batendo as minhas luvas uma contra a outra.

— Pode vir, garotinha.

Saltei no ar tentando acertar um golpe no meio do seu rosto, mas Quentin foi mais rápido bloqueando o soco. Ele girou o corpo quando tentei acertá-lo de novo e meu soco passou no ar e choquei o corpo contra a proteção do octógono. Se a intenção do Quentin fosse me finalizar, ele teria me acertado quando deixei minhas costas vulneráveis, mas quando me virei, Quentin me esperava no meio do octógono com um sorriso arrogante. Investi, tentando agarrar suas pernas. O plano era derrubá-lo e finalizar a luta com golpes fortes e certeiros, mas Quentin foi mais esperto ao perceber que apliquei o golpe de maneira errada, ele me pegou pelo pescoço e jogou as costas contra o tatame me levando junto. Ele envolveu suas pernas em volta da minha cintura, imobilizando meu corpo e seus braços se fecharam em um perfeito estrangulamento. Eu sabia que não sairia dali, mas eu precisava tentar. Quanto mais me esforçava para sair do golpe, mais Quentin me apertava. Fomos criados daquele jeito, para sermos máquinas mortais, tanto na luta quanto com armas de fogo e brancas. Enquanto eu perdia para Quentin em uma luta corpo a corpo, eu era imbatível quando lutávamos com facas. Podia dizer que trinta por cento das cicatrizes que Quentin carregava em seu corpo eu fui a causadora, assim como ele me marcou, cortes, braços e dedos quebrados, ombros deslocados, tudo presente de Quentin quando estávamos no octógono.

Eu já sentia a minha visão embaçar por falta do oxigênio, o sangue corria em meu ouvido aumentando a pressão no meu peito e cabeça. Já estava quase perdendo a consciência quando ouvi a voz de Jacob ao lado do ringue. Abri os meus olhos e captei a figura dele parada ao lado do octógono, camisa social branca, calça de alta costura cinza-escuro e um colete cinza-claro, ele olhou para o seu relógio de forma impaciente, ou só conferia quanto tempo eu aguentaria sem apagar.

— Aguente firme, Sunny — ele incentivou. — Pense, pense!

Para ele era fácil falar, não era ele que estava quase sem ar, mas eu não podia dizer que o que ele falava era errado. Tudo o que eu sabia, Jacob me ensinou, no corpo a corpo, no um contra um, meu primeiro oponente no ringue foi ele e naquele dia eu saí com uma costela quebrada, ele não se importou que eu só tinha 15 anos de idade.

— Desista, Sunny.

Ouvi a voz preocupada de Quentin me chamar.

— Você é o oponente dela, Quentin, não o seu amante, cale a boca.

SUNNY - Série Homens da Máfia - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora