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Hian acordou bem naquela manhã. Depois de tomar um banho, resolveu fazer um café reforçado, afinal depois do que havia passado, seria bom renovar as forças.

O dia estava ensolarado e rápido ele chegou ao trabalho.
Colocou tudo que havia atrasado em dia. Focou em suas tarefas e nem percebeu que o tempo passara rápido. Quando se deu conta, já era hora de ir embora.
Assim que saiu, Andry o ligou perguntando se ele iria à aula naquela noite. Ele respondeu que sim, que estava bem o suficiente para ir. Assim, seu amigo ficou de ir buscá-lo de carro assim que estivesse pronto.

Hian tomou um banho rápido e arrumou um pouco o quarto, uma vez que não havia feito nada no dia anterior. Após alguns minutos ja estava pronto. Enviou uma mensagem de texto e logo Andry o notificou que estava aguardando-o na entrada do prédio.

- Você está bem mesmo? - perguntou o amigo assim que ele entrou no veículo.

- Sim, estou. Não se preocupe. Me sinto bem melhor - respondeu Hian.

- Ok. Você chegou a sentir algo mais depois que eu fui embora?

- Graças aos deuses, não. Depois que comi, só lavei a louça e fui direto para a cama - Hian resolveu omitir a parte em que conversara com Gegori.

- Muito bem.

Eles continuaram falando sobre a saúde de Hian até chegarem no Campus. Andry reclamava que o amigo raramente ia ao médico e que nunca o tinha visto em um consultório sequer. Hian por sua vez dizia que não havia necessidade. Mas que assim que desse, ele iria.

Assim que Hian desceu do carro e aguardou o amigo estacionar a poucos metros de onde estava, deu de cara com Gregori. Ele estava parado na entrada da Universidade, encostado em um pilar de concreto. Assim que o avistou, acenou com a mão e Hian retribuiu. Mas rapidamente Gregori baixou o braço e sumiu em direção ao corredor. Hian ficou sem entender. Pelo menos até Andry parar ao seu lado.

- Não acredito que aquele idiota estava acenando para você - Ele falou indignado.

- Não entendi.

- Há alguns dias vocês estavam igual cão e gato. Em atrito. Agora vejo ele acenando e você acenando de volta como se fossem velhos amigos.

- E qual o problema disso, Andry? - Hian teria que arranjar uma boa desculpa.

- Nenhuma. No mínimo é estranho. Vocês mal se falam e agora o "senhor-cara-fechada" resolveu te dar um oi.

- Para de besteira e vamos.

Hian fez uma careta e puxou o amigo pelo braço. Andry agora mais que nunca, desconfiava que algo estava acontecendo e que Hian não iria falar tão fácil. Ele conhecia o amigo há anos, sabia quando ele mentia.
Quando chegaram na sala de aula, Hian procurou por Gregori e o avistou no mesmo lugar de sempre. Ele esboçou um sorriso quando viu Hian entrar. Mas logo fechou a cara quando percebeu Andry logo atrás lhe observando com os olhos cerrados.
Ao passar do lado da carteira de Gregori, ele segurou seu braço.

- Como você está?

Hian tinha certeza de que Andry e Susan estavam olhando diretamente para eles dois. Mas mesmo assim não foi rude.

- Eu estou bem, obrigado. E você?

- Eu bem. Bom ver você.

Hian não respondeu. Apenas sorriu e continou até chegar em seu assento.
Mal sentou-se e Susan lhe deu um beliscão.
Ele gemeu e fez cara feia.

- Desde quando vocês se falam tão formalmente? - ela indagou aos cochichos.

- Ele só quis saber se eu estava bem. Apenas isso - Hian respondeu passando a mão na região dolorida do braço. - O que tem demais nisso?

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