Um

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Eliza

Saio as pressa de minha casa estou outra vez atrasada para meu trabalho. Chego lá recebo um sermão da minha chefe Silvia.

Silvia: Atrasada de novo Cooper!

—Desculpa eu juro que isso não vai se repetir.

Silvia: Assim espero! Vai logo se arrumar para atender os clientes!

Dito isso ela vai para sua sala. Silvia sempre gostou de humilhar as pessoas principalmente eu, mas não posso fazer nada eu preciso desse emprego. Me troco colocando o uniforme da lanchonete (calça laranja e blusa amarela) e vou em direção as mesas para atender os clientes.

Em um local da lanchonete havia três homens conversando.

— Bom dia, o que vão querer? – perguntei educada.

Homem 1 — Que tal seu número bebê – um dos homens falou em um tom malicioso.

— Se não vão querer nada...

Homem 2 — Ah qual'é agente sabe que você gosta – um deles me interrompeu.

— Por favor me respeite – tento mater o pouco de calma que ainda tinha.

Homem 3 — Agente quer três cafés – finalmente fizeram os pedidos, anotei e fui providenciar-los.

Não é a primeira vez que sou assediada no meu trabalho. Entreguei os pedidos para os homens.

Eu não sei se era coisa da minha cabeça, mas os homens ficaram um bom tempo sussurrando e muitas vezes me encarando.

...

Já eram 20:00 quando fechamos a lanchonete. Já estava me preparando para ir embora quando escuto Silvia me chamar, vou até ela.

Silvia: Cooper quero que você limpe toda a cozinha — ela tá querendo me escravizar só pode!

—Tem que ser hoje mesmo, todo mundo já foi embora e...

Silvia: Se eu falei você tem que obedecer! Ou quer perder o emprego?!

— Não tudo bem eu limpo.

Ela sai sorrindo, debochando da minha cara. Que ódio dessa vadia! Ela ainda vai me pagar!

Vou para a cozinha e começo arrumar. Começo varrendo o chão depois limpando os fogões e pensando em como minha vida é uma merda. Não consigo evitar de derramar algumas lágrimas. Eu nunca soube o que é o amor de pais, morei em um orfanato onde me tratavam como lixo e me batiam quando desobedecia eu só tive uma amiga que era igual uma irmã, mas ela foi adotada e perdemos o contado, três anos depois sair daquele inferno e vim para cá, conseguir arrumar esse emprego e arranja um apartamento pequeno mais muito aconchegante. Namorados? Eu nunca me relacionei com ninguém, por que? Simples, não confio em ninguém, e mesmo eu sempre me virei sozinha não preciso de algo que nunca conheci, tanto faz eu já me conformei que a vida não é como um conto de fadas e que a realidade está longe disso.

Termino de limpar tudo estou morrendo de cansaço, vejo em meu relógio que são exatamente 22:56 está muito tarde, mas não tenho escolha tenho que ir pra casa. Me troco pego minhas coisas e fecho a lanchonete.

Caminho pelas ruas escuras sem nem um sinal de vida pela frente, são poucas as casas que estão iluminadas, deixando tudo ainda mais assustando, tento ir o mais rápido possível, pois minha casa é um pouco longe do meu trabalho, ouço barulho de carro atrás de mim, olho para trás com cautela e vejo um carro prata, não sei qual é o modelo, com os vidros todos preto, continuo andando e percebo que esse mesmo carro está me seguindo. Sem pensar duas vezes saio correndo em disparada, o carro acelera e parar em minha frente, tento recuar para trás, mas de lá sair dois homens que conseguem me agarrar me puxando para o carro. Grito por socorro desesperada, mas um dos homens põe um pano em meu rosto fazendo com que eu apague.

...

Acordo em um lugar escuro com meus braços e pernas amarrados, e uma dor de cabeça horrível, tento me soltar em vão. Passando-se alguns minutos  a porta se abre revelando 3 homens mascarados.

—O que vocês querem comigo?!– digo em meio a desespero.

Homem 1: Calma princesa — fala um dos homens acariciando minha bochecha, mas me afasto e cuspo em sua cara.

Homem 1: Não desviar ter feito isso sua vadia! — o mesmo me da um soco muito forte na cara, sinto algo escorrer do meu nariz quando pinga em minha roupa percebo que sangue que está saindo de meu nariz — Você merece uma lição antes do chefe chegar! E antes da agente se divertir – estremeci com suas palavras.

—Li..lição? – digo com medo do que possa ser.

Homem 1: Isso mesmo! Pegue-na! – ele ordena aos outros homens que estavam lá.

Eu só podia está sonhando! Com certeza isso é um pesadelo! Isso não pode tá acontecendo! Os homens me levam para um outro cômodo, percebi que ainda estava escuro através de uma janela que havia lá . Na parede havia correntes pendurada como no tempo dos escravos. Eles prenderam meus braços de frente para a parede, estava com medo do que viria aseguir. Ouço um barulho parece ser um... Chicote!

Homem 1: Agora vai aprender a ser boazinha e obedecer! – ele rasgou a parte de trás da blusa que eu estava usando deixando minha costa amostra.

Começando assim a dar chicotadas enquanto eu gritava e chorava implorando para eles pararem 1.., 2.., 3.., a dor era horrível, 4.., 5.., 6.., 7.., 8... Quando eles finalmente pararam sentir o sangue escorrendo pela minha costa, estava ardendo muito.

Homem 1: Vocês dois vão para a cidade, resolver aqueles assuntos, que eu cuido dela — dito isso escuto alguns passos se distanciando e uma porta sendo aberta e fechada.

Homem 1: Viu o que dá ser rebelde. Agora tá na hora de se divertir. – ele sorrir.

Tirando as correntes dos meus braços ele vai guarda-las numa mesa, caiu de joelhos no chão, sinto meu joelho doer, me afasto um pouco e vejo un caco de vidro. Pego antes que o homem veja, ele segura meu braço fazendo eu me levantar, sem mais nem menos cravo o vidro em seu pescoço, ele começa a se engasgar com seu próprio sangue em seguida cair no chão, provavelmente morto.

Sair correndo com dificuldade por causa de minha costa. Eu não fazia ideia de onde estava, só havia árvores e grande escuridão da noite. Adentro a floresta correndo o mais rápido que consigo.

...

Não sei a quanto tempo estou andando, não faço ideia de onde estou tirando forças para continua de pé, meu corpo todo dói, devido as chicotadas, estou exausta, com muita fome e cede, mas não posso parar eu preciso dar um jeito de sair daqui. As feridas em minha costa continuam sangrando deixando um pequeno rastro de sangue por onde eu paço, se continua assim posso acabar morrendo. Escuto um barulho estranho atrás de mim, ao me virar deparo-me com um par de olhos vermelha em meia a escuridão, até que o dono desses olhos se revela, era um Lobo! Não um simples lobo e sim um gigante quase da minha altura, preto e com olhos vermelhos.

O lobo dava passos devagar em minha direção e eu me afastava. Ninguém merece não morri nas mãos daqueles homens, agora vou virar jantar desse lobo gigante! Que vida eu só posso te jogado pedra na cruz!

Ele continua se aproximando, e eu me afastando, tropeço em uma raiz de árvore e caiu no chão, o lobo estava parado em minha frente. Sinto uma tontura, e tudo em minha volta começa a sumir, pelos menos não vou ver esse lobo me devorar! Mas antes de apagar, vejo oque parece ser um homem?

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Feita Para MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora