Capítulo 11 - Consequências de uma noite

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8650 palavras

Desperto sentindo pontadas de dor pelo meu corpo todo, sem conseguir abrir um dos olhos, e ainda uma dor de cabeça terrível por causa da forte ressaca por causa de tantas bebidas

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Desperto sentindo pontadas de dor pelo meu corpo todo, sem conseguir abrir um dos olhos, e ainda uma dor de cabeça terrível por causa da forte ressaca por causa de tantas bebidas. Bem, a realidade é que não consegui dormir quase nada essa noite de tanta dor, mesmo tomando alguns analgésicos bem fortes tempos antes de dormir.

Não tenho ideia de como consegui chegar em casa depois de ter apanhado tanto naquela estação. Eu desmaiei na plataforma, e quando finalmente acordei, imaginei que poderia estar em alguma sala de segurança, mas não foi isso que aconteceu. Eu continuei largada na plataforma da estação e estava sem luz nenhuma.

Permaneci naquele chão frio, sangrando e sentindo muitas dores por sei lá quanto tempo, até finalmente conseguir ter forças para me levantar.

Para completar, ainda tive que voltar andando devagar, mancando na chuva. Por que não, né?

Eu sinceramente esperava encontrar algum funcionário no terminal logo ao lado da estação do metrô, ou pelo menos alguma pessoa saindo do shopping... Mas as ruas estavam desertas. Os poucos carros que passavam sequer paravam para ver como eu estava. A minha única sorte na noite passada foi o fato que minha casa fica a poucas quadras de distância do shopping.

No caminho de volta, e mesmo agora na cama, não tirei meu colar do pescoço. Uma coisa que aprendi do pior jeito na noite anterior, não tirar esse colar de jeito nenhum.

Entre uma pontada e outra que me fazem gemer de dor, fecho os olhos. Faço isso tanto pela minha ressaca, quanto para tentar ouvir qualquer coisa que seja dos meus pais, mas nada. Quando cheguei em casa, o carro não estava na garagem então me livrei de um interrogatório. Eles ainda devem estar dormindo, ou ainda nem chegaram em casa de ontem.

Jogo a coberta de canto devagar, percebendo que nem tirei as roupas dessa noite, só os tênis e meias. Minhas roupas estão piores do que imaginei, sujas, muito manchadas de sangue e rasgadas, fora que nem tentei fazer curativos quando cheguei... Tenho que lembrar de colocar meu lençol para lavar sem meus pais perceberem.

Levanto da cama extremamente devagar por causa da forte dor de cabeça que não sei ser por ressaca ou dos golpes, e sigo ao banheiro sem ligar nenhuma luz, precisando me apoiar na parede para conseguir andar com menos dificuldades, mas até me manter de pé é difícil.

Deve ser assim que o Seiya se sente toda vez que precisa ir atrás da Atena depois de apanhar de alguém igual um condenado... Ai ai, tempos de adolescência assistindo animes.

Paro em frente a pia, olhando meu reflexo no espelho. Estou péssima. Meu olho direito está roxo e bem inchado. Hematomas na lateral do meu rosto, cortes nos lábios e nos supercílios, alguns hematomas maiores pelos meus braços, além de grandes arranhões bem feios.

Ergo a blusa e a tiro, vendo que a situação dos vários machucados se repete, tanto pela barriga e seios, e também pelas minhas costas. Acho que não preciso ver o estado das minhas pernas, mas claro, retiro essa calça e observo a situação, os hematomas se repetem ainda maiores.

Entidade do AbismoWhere stories live. Discover now