Explosões no peito

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Esse já é o último! Obrigada a todos que acompanharam e se mostraram interessados de alguma forma! Fico muito feliz de verdade :)

-x-

Nos próximos dias que se seguiram, [Nome] passou a treinar com Bakugou depois das aulas. Por sorte, encontraram sempre o ginásio vazio.

A última coisa que o garoto queria era encontrar algum dos extras da 1-A por ali enquanto estivesse com ela.

Conforme os dias passavam, [Nome] se tornava cada vez melhor em controlar suas chamas, e Bakugou se tornava cada vez melhor em interação humana. Já não gritava tanto com ela, falava uma quantidade menor de palavrões e até mesmo arriscava dar alguns sorrisos de vez em quando. As conversas estavam cada vez mais civilizadas e eles aprendiam mais um sobre o outro nas horas que passavam juntos.

Mas a merda do coração de Bakugou insistia em acelerar quando ela estava por perto, saltando dentro de seu peito como se fosse explodir. Ele se sentia mais estranho a cada dia que passava.

Essa droga de paixãozinha estava ficando ainda mais problemática do que antes. Ele achava que conseguiria lidar com aquilo, mas estava cada vez mais ansioso perto dela. Às vezes se pegava pensando como seria segurar suas mãos, que pareciam tão pequenas. Ela sentiria dor, por causa das cicatrizes?

Seus pensamentos estavam tomando rumos inesperados. Não conseguia mais prestar atenção no mundo a sua volta como fazia antes, e se pegava pensando em [Nome] em todos os momentos do dia. Até seus pais notaram que algo estava diferente, já que Bakugou estava mais calado nos finais de semana em que ia visitá-los e parecia nem escutar os gritos de sua mãe, que antigamente o fariam gritar de volta até estremecer a casa.

Sem saber com quem falar, Bakugou teve que recorrer à única pessoa que poderia lhe ajudar nessa situação.

E agora estava sentado na cama de seu dormitório da U.A., olhando para o Cabelo de Merda, que sorria tão largo que todos os seus dentes pontudos estavam visíveis.

- Chama ela pra sair, cara! - essa foi a incrível solução de Kirishima.

- Você acha que eu já não pensei nisso, seu merda? - Bakugou jogou seu travesseiro na cara sorridente do maldito com tanta força que o impacto lançou o garoto para trás. O travesseiro não o machucou realmente, mas a surpresa o fez cair e bater a cabeça no chão. Por sorte, seus reflexos foram rápidos ao ativar sua individualidade, que o impediu de sofrer maiores danos.

- Mas qual o problema então, bro? Por que ainda não chamou? - voltando a se sentar no tapete, Kirishima ajeitou a bandana branca na testa, sem se abalar pelo impacto.

Bakugou ficou alguns segundos em silêncio antes de resmungar uma resposta, tão baixo que Kirishima quase não ouviu.

- Eu não sou... exatamente... uma pessoa ideal para relacionamentos. Não sou o que as garotas esperam de um namorado.

Ele virou o rosto, franzindo o cenho em uma carranca que tentava esconder as bochechas ruborizadas.

Kirishima arregalou os olhos, surpreso com a preocupação do amigo. Sempre vira Bakugou como uma pessoa confiante e corajosa, que não temia nada, mas agora estava sendo apresentado a um lado que não conhecia do loiro explosivo. Será mesmo possível que Bakugou pudesse se sentir inseguro em relação às garotas?

A ideia foi tão ridícula que o fez soltar uma risada alta, constrangendo ainda mais o amigo, que esticou a mão e lançou uma explosão fraca em seu rosto, que endureceu automaticamente.

- Eu não sei por que te chamei pra vir aqui! Vai se foder, Cabelo de Merda, vaza do meu quarto, desgraçado! Vai, agora! Antes que eu exploda sua cara tão forte que nem essa merda de proteção aí vai funcionar!

Crush - Imagine Bakugou KatsukiWhere stories live. Discover now