𝗍𝖾𝗑𝗍 | byler

twenty || will

21:00

Eu estava na porta da casa do Mike, eu bati e quem me atendeu foi a Senhora Wheeler.

— Olá Will, pode entrar o Mike está no porão. — Ela diz e eu sorrio, entrando na casa e indo em direção ao porão.

Eu estava me sentindo bem, e estava animado.

— Tá primeiramente eu não acredito que você vai me fazer assistir Star Wars de novo. — Digo ao ver o que ele estava colocando na televisão.

— Qual é Will, todos nós sabemos que é a melhor trilogia do cinema, nem se compara. — Ele fala como se fosse óbvio.

— Se você diz, mas saiba que isso é mentira. — Digo e me sento no sofá.

Ele me entrega um copo de refrigerante e um preto com macarrão com queijo. Quando éramos mais novos sempre fazíamos isso, comíamos macarrão com queijo vendo um filme, foi como relembrar o tempo em que éramos felizes.

[...]

— Um veredito final? — Ele pergunta.

— O seu macarrão tava incrível, mas o filme deixou a desejar. Sério, como você prefere isso ao invés de Harry Potter? — Pergunto.

— Harry Potter? Você tem doze anos?

Ele fala e nós dois rimos. Só tínhamos um filme em comum: procurando Nemo. Pode ser idiota mas amávamos ver esse filme.

— É estranho pensar em quanto mudamos. — Ele fala.

— Totalmente. Saudade de quando éramos apenas crianças e andávamos de bicicleta por aí. — Digo e ele concorda.

— Pois é. Lembra daquela vez que quase matamos o gato da professora Audrey? Tadinho daquele bicho. — Mike diz e eu começo a rir demais.

Isso aconteceu no quarto ano.

Estávamos apostando uma corrida de bicicleta e conseguimos quebrar o portão da nossa professora, pelo menos o gato ficou vivo né?

— Quanto mais você cresce mais as coisas ficam complicadas. Era tão fácil antes. — Falo e fico me lembrando de cada momento bom que passamos, não só eu e o Mike mas também Dustin e Lucas. Saudade de quando passávamos uma noite inteira jogando e tomando achocolatado.

— Nem tudo muda, algumas coisas sempre ficam do jeitinho que são. — Michael fala e me encara.

Droga. Eu realmente queria agarrar ele e acabar com tudo isso.

— Tipo o que? — Pergunto.

— Tipo eu e você. Eu não quero que nada mude. Eu quero falar com você sempre que eu precisar, e te ligar pra quase matar alguns gatos por aí. — Ele diz e se aproxima de mim, devagar.

Era impressão minha ou ele......?

— Eu adoraria quase matar uns gatos com você pelo resto da minha vida mas eu gosto de animais, então ao invés disso poderíamos apenas adota-lós.

— Claro, quantos gatos você quiser. — Ele diz e ri.

Eu disse. A vida está abrindo caminhos para os nossos gatos.

— Se vamos continuar como sempre fomos quero que seja sincero comigo. — Falo.

— Pergunte o que quiser. — Ele responde tranquilo, mas ainda sim me encarava.

— Você que quer me beijar?

— Sim.

— Então tá esperando o que?

meio estranho mas quem liga
eu amo gatos