04 | Medo e dor.

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Oi, oi.

Chegamos, hihi

[O começo desse cap tá um tantinho tenso, quase rola agressão... não sei se deveria avisar, já que não é nada digno de um real aviso de gatilho ou afins, mas como meus limites são diferentes de cada um, tô avisando só por precaução, tá? caso você fique muito desconfortável, pare de ler e pule alguns parágrafos, ok?]

Boa leitura, não esquece de ler as notas finais e votar no capítulo! Ajude uma autora carente :(

#AChaveDoLabirinto 

Estou sentindo diversas coisas nesse momento.

E nenhuma delas é o que eu senti antes de entrar nesse elevador. 

Mas eu tenho a absoluta certeza, que o que predomina é uma mistura entre o medo e a dor. Medo do que pode acontecer, medo pelas coisas que ele me faz lembrar. E de tanto sentir medo, sinto dor. 

Dor pelas coisas que ele me faz sentir.

Assim que me percebe, vejo a raiva misturada com a impaciência emanar de seu corpo e de seus olhos quando me percebe. Sinto meu coração acelerar, minhas pernas tremerem e a garganta ficar seca. Respiro fundo.

Uma. Duas. Três vezes.

Vai dar tudo certo.

Eu posso fazer isso sem precisar sentir todas essas coisas, né? Poxa, ele é o meu pai.

Que mal me faria?

Respiro fundo novamente.

Saio do elevador e com muita coragem, o chamo.

— P-pai?

Noto seus olhos me encarando, o maxilar sendo travado e som de sua respiração pesada.

— Por que você não me atende, Jimin? — se aproximou. — Já perdi as contas de quantas vezes te liguei... 

Você não precisa ter medo, Jimin.

— Estou muito ocupado com as coisas da faculdade e quase não tenho temp-

— NÃO ME INTERESSA! — gritou, se aproximando mais ainda.

Engulo seco.

Respiro fundo.

— Pai... — o encaro. — Nós já falamos sobre isso... eu não... eu-

— Eu não quero saber Jimin, eu estou cansado de esperar! EU QUERO O QUE É MEU, EU QUERO AQUELA MERDA LOGO!

— MAS NÃO É SEU! — tomo coragem de dizer. — Aquilo não é seu, pai!

— Jimin...

— Por favor, para de insistir nisso — sinto meus olhos marejarem. — Por favor, deixa isso pra lá, eu não posso fazer isso, não agora... — soluço. — Eu não consigo pai, eu-

Antes que eu possa terminar de falar, sinto suas mãos em volta de meu pescoço, que me viram e me joga contra a porta de meu apartamento.

— EU NÃO QUERO SABER! — seus olhos furiosos estão sobre mim novamente, cada vez mais intensos. Sinto a dor pelo impacto, sinto suas mãos cada vez mais fortes, sinto meu corpo enrijecido. Estou com medo, mais do que antes. — POUCO ME IMPORTA SUA VIDA DE MERDA! EU. NÃO. QUERO. SABER! EU NÃO QUERO MAIS ESPERAR!

PRISMA • pjm + jjkWhere stories live. Discover now