⭑ 𝑤𝘩𝑒𝑛 𝑚𝑜𝑜𝑛 𝑟𝑖𝑠𝑒 ⭑

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#astrokook


Duas semanas passaram desde que Park Jimin foi arrastado para longe de mim, pelo seu parceiro baixinho de sorriso gengival, deixando-me absorto junto a uma tonelada de pensamentos tão complexos quanto a nossa própria existência.

Em muitos momentos, acredito estar me precipitando ao confessar-me para a querida Luna, os sentimentos que anseiam em serem desvendados ao me imaginar junto a ele. É algo assustador, lembrar que esse florescer em meu âmago é novo e tem uma grande chance de não ser mútuo, porém, até mesmo as estrelas no céu, podem jurar que aqueles nossos pequenos momentos, marcaram ambos.

Essas reflexões se intensificaram a cada dia que findou, principalmente quando passei a receber alguns cupcakes e dois copos de café - um capuccino e um macchiato - todas as manhãs, entregues na recepção da agência, acompanhados por post-its coloridos contendo mensagens em uma cursiva tão delicada que parecia ter vindo do século passado:

"Espero que você e Kim Namj0on estejam se cuidando, por favor não esqueçam de beber água. - PJM".

"Que seu dia seja tão doc3 quanto este coração de plutão. – PJM".

Até aquele momento, foram treze bilhetes, alguns contendo números aleatórios e outros não, que a princípio tratei como um simples erro de escrita, mas logo descartei ao recordar a profissão que o trouxe até aqui, verificando, ao mesmo tempo, que os onze algarismos se conectavam formando, provavelmente, o seu número de telefone.

Park Jimin e seus mistérios.

Eu estou pronto para desvendá-los.

Não tardei a contatá-lo assim que regressei à minha casa ao fim do dia. O típico silêncio constrangedor nos primeiros segundos fora quebrado por uma contagiante gargalhada do jornalista.

- Me precipitei quando achei que você não descobriria os números nos meus bilhetes. – Jimin disse, com sua voz ainda mais manhosa por trás da linha de telefone.

- Eu vivo, literalmente, no mundo da lua, então coisas peculiares chamam minha atenção, foi até que rápido pra descobrir que os números aleatórios nos bilhetes significavam algo a mais, mas confesso que fiquei surpreso por saber que era o seu contato.

- Bem, eu prometi pro Yoongi Hyung que não passaria meu telefone para o "astronauta bonito com sorriso de coelho", como ele mesmo o chama. – Sua risada ressoou e senti minhas bochechas esquentarem de imediato.

- E por que não poderia passar? Não é como se eu fosse um delinquente para terem medo. – Disse, fazendo um bico mesmo que Jimin não pudesse vê-lo através do telefone.

- Na verdade, você me dá medo sim!

- C-como? – Taehyung diria que isto é uma loucura, já que até o nosso gato amedronta mais do que eu.

- Sabe... estou na Flórida pra cobrir a matéria sobre a ida de um coreano para a lua, mas eu moro do outro lado do globo. Não é como se diante dessa situação, o medo não fosse óbvio.

- Poderíamos continuar nos falando por telefone. Tem medo que eu pare de conversar com você? Jimin, se você acha iss-

- Não é bem isso... eu tenho medo de me apegar demais a você.

- Eu não tenho medo de me aproximar mais de você. – Acabei soltando, ansioso. Senti minhas mãos suarem e o telefone começar a escorregar pela minha palma. – Eu... quis...não...isso... dizer. Aish, desculpa, não sei o que deu em mim.

A sky full of stars ▪︎ jjk + pjmWhere stories live. Discover now