🌈X. Jimin e Jeongguk tiveram os deles.

6K 755 225
                                    


Olhando para o cômodo vazio, Jimin encheu-se de recordações. Era estranho e engraçado lembrar de Jungkook e de todos os momentos que passara com ele ao invés de Somin. Mas de certa forma era reconfortante, afinal, naquela manhã havia acordado com uma disposição surreal, não sabia dizer se era por ter finalmente resolvido as coisas com a sua agora ex-mulher ou pelo fato de estar começando uma nova vida. Porque, para Jimin, era isso o que aquela mudança significava: uma nova vida. Parecia impossível se sentir mais feliz, céus.

Girou seu corpo, observando detalhadamente o que estava deixando para trás e sinceramente, não poderia se importar menos. Finalmente conseguira a sua independência tão sonhada e não sentiria falta de nada do que representava o seu passado. Se esse fosse o preço para ter uma vida ao lado de Jungkook, estava até que barato demais.

Não conseguindo esconder a sua alegria, deu um sorrisinho e respirou aliviado.

— Já ‘tá tudo pronto, anjo? — Um Jeon ofegante por ter carregado diversas caixas por aí em um prédio enorme de treze andares chegara no batente da porta aberta. — Está tudo bem?

Jimin sentiu a presença do corpo ao seu lado e ainda assim não parou de admirar o cômodo alheio.

— Ah, sim, sim. Tá sim. — Respondeu, com um pequeno sorriso. Agora, apreciando o céu limpinho da manhã. Ambos permaneciam de frente para a grande janela escancarada, com o sol se fazendo mais presente do que nunca.

— Tem certeza? Parece que alguém te hipnotizou ou, sei lá, viu um oásis no meio do nada. — O Jeon disse, mirando o loiro com um olhar curioso e este acabara rindo fraquinho.

Jimin finalmente olhou para Jungkook, que arregalou um pouquinho os olhos amendoados e não conseguiu parar de fitar os semelhantes que mais pareciam um gigantesco oceano. Aquela sensação de se sentir mergulhado era única e diferente a cada momento que o moreno a sentia chegar. Não era justo, Park Jimin realmente sabia como deixá-lo maravilhado com tão pouco. Movimentou sua boca, como alguém que quisesse dizer algo, mas nada saiu. Esse era o efeito do outro sobre si, não podia simplesmente ignorar aqueles olhos de oceano.

— Você que parece estar hipnotizado. — Sorriu pequeno, observando a boca de lábios finos e vermelhinhos permanecer meio entreaberta para logo deixar um selinho. — Fecha a boca porque senão entra mosquito, Ju.

Saiu do cômodo, deixando Jungkook parado apenas o acompanhando com o olhar. Droga, o efeito Park Jimin realmente era muito eficaz. Balançou a cabeça, acordando de seu transe para segui-lo. E, ambos do lado de fora, olharam uma última vez para dentro. Ao passo que Jimin girava a chave para fechar a porta, um peso enorme parecia finalmente sair de suas costas. Ele estava se sentindo livre, quiçá pudesse sair por aí ao lado de Jungkook voando para vários lugares em Lucie. Logo, assim que se virou para o corredor, notou que o moreno estava com sua mão levantada, chamando o Park que não hesitou e a agarrou com sua semelhante.

E fora exatamente desse jeitinho que ambos chegaram na recepção, de mãos dadas como se definitivamente houvessem se tornado apenas um só. No entanto, antes que pudessem dar adeus de vez para aquele lugar, um rapaz esguio, com covinhas aparentes se fez presente.

— Sr. Park! Então é verdade que você e a Sra. Somin se separaram porque vocês dois chifraram um ao outro? — Perguntou animado, como se aquilo fosse uma notícia de caráter mundial.

Jimin e Jungkook se deixaram levar pelas altas gargalhadas, não acreditando na capacidade que Namjoon tinha de ficar sabendo rápido demais das coisas. Assim, segurando um pouco a risada, o loiro levantara a mão que estava entrelaçada com a do moreno e disse:
— Bem, eu acho que é verdade sim.

O porteiro olhou para ambas as mãos com o rosto um tanto surpreso.

— Só um minuto, você disse que “os dois chifraram um ao outro”? — Jungkook questionou enquanto limpava uma lágrima que temeu a sair após tanto rir. — Sim! A Sra. Somin passou por aqui ontem a noite toda saltitante e foi embora em um conversível vermelho com um estrangeiro bonitão. Ele era realmente muito bonito, todo fortão e essas coisas do tipo, eu fiquei “wow”. — Proferiu com uma das mãos no queixo, parecendo tentar se lembrar de cada detalhe.

Cara, eu não posso ser gay •Jikook •Onde histórias criam vida. Descubra agora