Yellow (Chaelisa)

Dezenove

Lalisa cruzou os braços, batendo o pé impaciente enquanto esperava sua bagagem. O seu avião  havia acabado de pousar. Ela estava exausta. Ela não havia conseguido dormir nada, na realidade. Sua  mente estava ocupada pensando em Chaeyoung.
 
 
 
 
Assassinato de segundo grau.
 
Primeiramente, Lalisa achou a idéia muito ridícula. Mas ela sabia que precisava fazer isso. Haviam muitas perguntas sem resposta  e talvez viajando para o passado de Chaeyoung  ela pudesse descobrir  o que estava acontecendo.
 
Eventualmente, ela enxergou sua mochila, a jogando nas costas  e passando pela  grande porta de vidro. Foi  aí que ela percebeu  que não tinha idéia onde diabos ela estava indo.
 
 
Ainda assim, Lalisa estava ignorando seus sentimentos sobre a situação toda. Ela tinha uma mente focada. Ela precisava  descobrir o que havia acontecido com Chaeyoung. Ela precisava de respostas pra essas perguntas.
 
 
 
 
 
Ela parou um táxi, deslizando para o banco de trás e dando o  endereço  de  sua antiga casa para o taxista. Se ela se lembrava corretamente, Chaeyoung morava à apenas algumas ruas de distância.

Sua cabeça descasava  na janela  enquanto o  carro andava, lhe dando o tempo  de repassar os acontecimentos  em sua cabeça. O som  de Chaeyoung gritando seu nome no saía de sua cabeça, e Lalisa  não havia  previsto o quão aquilo  seria doloroso.
 
 
 
Os oficiais... eles não sabiam como tratar Chaeyoung. Ela era Chaeyoung. Na realidade, apenas Lalisa sabia  verdadeiramente  como Chaeyoung pensava, como seu cérebro funcionava. Ela estremeceu sozinha com todos aqueles estranhos.
 
 
 
Subitamente, uma casa chamou sua atenção. Ela sabia de quem era Joy.  Uma das ex-líderes de torcida amiga de Chaeyoung. Uma decisão rápida fez Lalisa parar o táxi, agradecendo o homem  e lhe dando  algumas notas, não se importando em contá-las. Ela esperou ele dirigir  para longe antes  de se virar  e encarar a casa.
 
 
 
Alguns momentos depois, ela  se encontrou  na varanda. Batendo na porta. Lalisa mordeu o lábio quando ouviu passos se aproximando, e a porta  se abrindo vagarosamente e revelando uma versão mais velha  da garota que ela havia uma vez conhecido na escola. De pijamas.
 
 
 
 
Merda. Lalisa rapidamente checou o horário, se dando conta de que era 8  horas da manhã no sábado.
 
"Lalisa?" a garota soava confusa.

"Uh, oi," Lalisa respirou fundo. Por que  ela ainda estava  intimidada? Elas haviam saído do colégio, popularidade não existe mais
 
 
"Lalisa a lésbica?"
 
Oh Deus, Lalisa apertou os punhos  e escolheu ignorar o comentário.

"Podemos....conversar? É sobre  Chaeyoung."
 
 
 
 
Ela viu o rosto da menina despencar  e ficou preocupada. Joy  colocou o pequeno cachorro que estava  em seus braços no chão  e abriu caminho, abrindo mais a porta e deixando Lalisa entrar.
 
 
 
 
 
"Desculpe sobre aquele comentário lésbico," Joy  riu nervosamente. Lalisa apenas encolheu os ombros, parada desajeitadamente  na entrada  da grande casa. Os pais da Joy sempre foram muitos ricos. 

"Nós podemos ir sentar  na sala estar,"  Joy fez menção para Lalisa segui-la pelo corredor, a levando  para um grande cômodo alinhando com janelas. Era tudo tão limpo que Lalisa estava com medo  de tocar em alguma coisa. Ela sentou na ponta  de um sofá de couro preto, passando a mãos no cabelo nervosamente.
 
 
"Você quer água ou alguma coisa? Temos limonada também, e chá, se você gos-" Joy começou, mas Lalisa rapidamente interrompeu.                   
 
 
"Eu estou bem, é só que...." Lalisa balançou a cabeça. Joy se sentou, fazendo sinal para ela continuar. "O que você sabe sobre Chaeyoung?"
 
 
 
Lalisa assistiu  enquanto o rosto de Joy mostrou uma série  de diferentes emoções  antes dela apertar os lábios.
 
 
 
 
"Ela era minha amiga,"  Joy encolheu os ombros. Lalisa sabia que ela estava tentando se fazer de boba e imediatamente deu um fim à sua atuação.
 
 
"Você sabe do que eu estou falando,"  Lalisa levantou uma sobrancelha, incriminando-a. Para falara a verdade, funcionou. Ela estava orgulhosa  de si mesma, sentindo-se poderosa por intimidar a garota uma vez que  fez da sua vida escolar um inferno.