Uma Segunda Chance [Concluída]

Capitulo 10

—O que você acha que devemos fazer agora?

Eliel perguntou do outro lado do quarto, olhando pela janela enquanto Charlotte estava jogada na cama totalmente despreocupada.

—Eu acho que você deveria parar de besteira e sair dessa janela, meu pai não vai aparecer e te dar um soco na cara por você se sentar na minha cama.

Ele se virou para a amiga que o encarava sorrindo, parecia um tanto incrédulo nas palavras dela.

—Eu sei que você está pensando isso.

Charlotte continuou.

—Só que o meu pai confia em mim.

—Como eu posso saber? Eu nunca o ouvir falar mais de três palavras.

Charlotte riu.

—É verdade, meu pai faz uma pose e tanto...

Antes que terminasse a frase, a porta abriu.

—Você vai aparecer todo dia aqui agora?

Fernanda perguntou sem sequer olhar para Eliel, apenas foi até o guarda-roupa, o ignorando.

O menino olhou para a amiga que sorriu ao ver a vergonha e a timidez que surgiram nos olhos do rapaz.

—Para de ser antipática, Nanda.

Charlotte disse zombando sem mostrar que realmente acreditava no que estava falando.
Não parecia que ela realmente achava a irmã antipática, era muito claro, que adorava o jeito de ser dela.

—Não estou sendo antipática, só perguntei se ele vai vir aqui todo dia.

Fernanda pegou uma blusa vermelha em sua gaveta, pendurou no próprio ombro e começou a procurar outra coisa. Sem olhar para ninguém em nenhum momento

—Não vejo problemas na minha pergunta.

—É, você tem razão. Por que você se assustou tanto assim, Eliel?

Eliel pareceu se assustar mais ainda.

Charlotte gargalhou.

—Que tremendo frangote!

Fernanda disse ao pegar uma calça jeans e entrar no banheiro, sem olhar para trás com seus cabelos ruivos , Charlotte não parava de rir.

—E você ainda tem a coragem de dizer que é minha amiga.

—E eu sou.

Disse ela se controlando para não rir novamente.

—Só que é extremamente engraçado a forma como você reage a Nanda. É só o jeito dela, você não precisa ter um enfarto toda vez que ela aparece.

Ele fingia estar com raiva dela, porém no final riu.

—Mas agora, volte ao assunto, você tem uma ideia do que podemos fazer?

Charlotte se sentou na cama.

—Tenho sim.

Ela disse enquanto ele se sentava na cama, deixando Charlotte satisfeita.

Seu avô disse que existiram investigações policias, vamos tentar conseguir os documentos que restaram.

—Isso não parece ser fácil.

Ele disse preocupado.

—Mas não é fácil.

Afirmou Charlotte.

—Temos que ir até a delegacia hoje e tentar convencer alguém a nos ouvir.

Eliel pareceu refletir nas palavras de Charlotte por algum tempo, enquanto ela fazia o mesmo.