𝑫𝒐𝒊𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒂çõ𝒆𝒔

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"...estávamos parados um a frente do outro, ali. O tempo parou, o coração acelerou. Não tinha certeza se seria para sempre, mas eu queria viver aquele momento... para sempre."

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Mesmo antes de ficar bêbado, Perth já estava tendo um dia péssimo

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Mesmo antes de ficar bêbado, Perth já estava tendo um dia péssimo. Ele enfaixava sua mão que acabara de ser machucada devido ao treinamento intenso de boxe, pensando que deveria ter pedido para seu treinador pegar um pouco mais leve. O rapaz queria se preparar, pois daqui à dois meses participaria de seu primeiro torneio. O que o deixou mais nervoso do que o de costume e estar naquela condição não o encorajava a prosseguir. 

Perth tinha seu olhar fixo em suas próprias luvas de boxe e se perguntava se seria bom o suficiente para continuar. 

— Está pensando no que? — uma pessoa o tirou do transe. Leenam se aproximava, acompanhada de seu melhor amigo, Rice. — Não me diga que machucou a mão de novo.

Leenam e Perth se conheciam há cinco anos, a garota era cantora em uma banda e tinha um carinho enorme pelo 'bebê gigante' que era Perth. Amiga de infância de Rice, um rapaz engraçado, calmo e de bom coração. 

— Foi só um machucadinho, logo sara — Perth disse, com um leve sorriso no rosto. Não estava surpreso por Nam e Rice estarem ali, pois tinham programado de saírem naquela noite.

Perth tinha fama de ser um cara gentil, com um sorriso aconchegante, músculos e uma leve onda de timidez daquelas que dura apenas no início da amizade, mas depois logo se solta. 

— Toma cuidado, Nakhun, você sabe que se se machucar não vai ser capaz de competir — Nam deu um leve tapa na testa do maior que riu novamente. — Eu e o Rice viemos confirmar se você vai aparecer na doca hoje, tô afim de beber, e você não atende essa merda de celular. 

— Ahm... Desculpe, eu estava ocupado. É claro que vou, podem me aguardar lá — Perth apenas disse, sem se preocupar em checar o aparelho. 

Leenam revirou os olhos e já que viu a bolsa de Perth jogada ao lado a abriu e a futucou, pegando o celular do rapaz, desbloqueando-o. 

— No silencioso, como sempre. É por isso que você não atende ninguém — ela protestou. 

— Como você sabe minha senha? — Perth franziu o cenho.

— Não se faça de bobo, senhor 1234 — Leenam reparou nas aplicações do celular do amigo, levantando as sobrancelhas, indignada. — Espera. Você não baixou o Love Alarm?

Perth apenas tomou o celular da mão de Leenam, revirando os olhos. 

— Não. Isso é bobagem — disse, logo guardando-o no bolso.

Rice deu uma risadinha de fundo.

— Você precisa baixar, Perth. O Love Alarm mostra quem te ama num raio de dez metros, não é incrível? Fofo e lindo como você é vai achar uma namorada bem rápido — Nam disse, tentando animar o amigo, mas logo esmoreceu. — Apesar de que há duas semanas que baixei o meu e ninguém o tocou.

— Já faz dois dias que ela checa o Love Alarm dela sem parar, mesmo sabendo que a notificação apita quando alguém o toca — Rice finalmente disse algo, rindo. Leenam lhe deu um soco no braço. 

— Já estou começando a achar que vou morrer sozinha — Nam falou, cruzando os braços.

— Não tem sentido em baixar o Love Alarm se ninguém gosta de mim, ou se não gosto de ninguém — Perth disse, soando triste. O rapaz logo colocou a bolsa nas costas. — Vamos. Preciso passar em casa primeiro.

— E tomar um banho — Leenam completou, fazendo careta e tapando o nariz.

[...]

Após uma tarde com um assassino, sobrevivência e muito susto, Talay deveria estar exausto. A stream de seu jogo favorito deu o que falar nos trends da Twitch e no YouTube, comentários e mais comentários de pessoas que tiravam um grande tempo de seu dia só para ver o garoto dando gritos era indispensável no final do dia. Mas o rapaz não cansava em ser tão bom naquilo. 

Esperto, sincero e ousado, Talay era parcialmente o rapaz mais inteligente que você (sim, você mesmo) vai encontrar. Apesar de passar a maior parte do tempo sozinho, ou em call com seus amigos, ele tinha um bom senso para amizade. Para amor, não. 

O comentário de um dos fãs o intrigou:

_apple.pie_: O Love Alarm do P'Talay deve estar cheio de corações, já que ele é tão bonito e famoso. Me pergunto se poderei tocar o Love Alarm dele algum dia.

— Love Alarm? — o rapaz sussurrou para si mesmo, sozinho em seu quarto. 

Talay alcançou seu telefone, caindo na cama, indo procurar saber do que Love Alarm se tratava, mas logo viu que não era nada do que se interessasse. Era apenas mais um daqueles aplicativos bobos de romance e encontros online, coisa que não despertava seu interesse.

Logo, uma mensagem o notificou:

Cooper:

Lay, ainda tá de pé hoje a noite? O Poy quem perguntou... Ele quer levar o primo dele que, aliás, nem conheço. Pra você não ficar sozinho.

Talay:

Ahm... Acho que não, minha barriga tá doendo muito. 

Cooper:

Mentiroso de uma figa! Faz o favor de aparecer aqui, não quero parecer um bobão na frente do primo do meu namorado. 

Talay:

Se vira aí. 

Cooper:

Para de gracinha! Acabei de chamar alguns outros amigos, como o Inn, e a Leenam finalmente arrumou espaço na "agenda" dela, vai levar o Rice e um tal de Perth. Talvez o Shane apareça...

Talay: 

Uau. O encontro dos babacas do ensino médio está prestes a acontecer. Eu não conheço a maioria dessas pessoas, então não reclame se eu julgar todo mundo antes de conhecê-los.

Cooper:

Quer dizer que você vai? 

Talay:

Vou pensar...

As horas passaram e Talay pensava no quanto queria estar de fora daquele encontro, ele conhecia uma parte das pessoas que Cooper citou, pessoas que estudaram junto aos dois no ensino médio. Cooper e Talay se conheciam desde o ensino médio e apesar de saber que pessoas como Shane Nutchapol iriam compartilhar o mesmo ar que ele, ele não queria deixar seu amigo de lado. Ele se sentia bravo consigo mesmo por ser tão generoso e prestativo a ponto de se submeter àquela situação. 

Mas logo levantou de sua cama. 


"Faça parte. Com seu coração. Só uma fagulha pode começar o fogo."

𝙄𝙨 𝙏𝙝𝙞𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚?Onde histórias criam vida. Descubra agora