CAPÍTULO 12 - PRIMEIRA VEZ (AVA P.O.V)

645 62 5
                                    



AVA POV 

"Eu me sinto tão intocada agora mesmo

Preciso tanto de você de alguma maneira

Eu não consigo te esquecer

Eu fiquei louca desde o momento que eu te conheci".

Eu não sei exatamente como descrever o que eu sentia em relação ao meu motorista.

A primeira vez que o vi ele estava quase pulando de nervoso antes de entrar no escritório do meu pai para pedir um emprego. Eu me lembro que seu terno cheirava a coisa velha, o corte era péssimo, e ele ficava muito desconfortável com tudo aquilo.

A sua barba enorme, sem fazer por alguns meses. E eu quase não podia ver seu rosto. Apenas seus olhos.

Lindos olhos.

Eu tentava ser legal, me aproximar. Eu pensei que meu próximo motorista seria como o primeiro, velho, feio e arrogante.

Mas não, meu motorista era o Abel. E eu quase nem acreditei quando meu pai me disse que ele seria nosso empregado.

Me disse para ter cuidado e qualquer coisa que acontecesse falar. O Abel não me dava medo como a maioria dos homens.

Ele parecia um anjo, que me dava segurança.

Nós no começo nos estranhávamos, eu queria me aproximar, mas era como se houvesse algum bloqueio com homens bonitões. Eles nunca queriam nada comigo.

Abel devia ter namorada, que eu logo suspeitei que fosse a Luna, ela sempre estava radiante perto dele, com o uniforme aberto mostrando seus peitos volumosos, seus cabelos brilhantes, dentes brancos e pele bronzeada.

Naquela noite me olhei no espelho de calcinha e sutiã. Meu cabelo era talvez liso demais, minha pele era pálida, eu tinha os dentes da frente maiores, e meus peitos... Meus peitos pareciam maçãs.

Suspirei e tentei me conformar.

E ele me disse pra não ir para aquele encontro com o cara do meu colégio, mas eu falei merdas e fui mesmo assim. E tive que ligar pra ele pedindo ajuda. Ele me acolheu em seus braços ao invés de falar "Eu avisei". No outro dia, ele me defendeu na frente de algumas pessoas, e fez ameaças para o Doug se ele não ficasse longe de mim, ele me assustou naquele dia, nunca tinha o visto violento daquela forma, mas confesso que gostei dele me defendendo.

E não demorou pra ele me defender novamente. Ele se tornou meu herói particular.

Ele bateu em pessoas que tentavam me fazer mal, ou ele cuidava de mim. E ele era apenas meu motorista.

Era como se meu coração começasse a se transformar.

E eu me pegava pensando nele mais do que o normal, nossa amizade crescia, nós nos tornávamos próximos e depois brigávamos. Eu me peguei o provocando com piadinhas sobre sexo, e eu ainda estava no Level Virgem. Ele devia me achar uma depravada.

Mas ele me dava essa vontade... De mostrar meu outro lado. O mais atirado, mais confiante. Ele me dava confiança.

E eu sabia das coisas que tinha falado pra ele. E tinha sido tudo verdade. Eu realmente o amava.

Eu amava o jeito dele, eu amava seu caráter de boa pessoa, eu amava seu corpo, o jeito dele falar, de andar, de como ele lidava com as coisas, amava o jeito como ele me olhava, amava por ele ser meu amigo quando eu não tinha ninguém pra conta, e eu amava ele.

APRENDENDO A RESPIRARWhere stories live. Discover now