Imagines

T.H.: Monstrinhos - Parte 6

Você não sabia como lidar com aquela situação, era no mínimo estranha. Tom claramente percebeu sua mudança de humor repentina, mas nada comentou. 

Vocês estavam de volta ao apartamento, Harrison estava com vocês, ele mesmo decidiu fazer parte da família que vocês estavam construindo. E você gostava disso, Harrison tinha uma influência discreta, como um homem calmo, receptivo e extremamente acolhedor. E você gostava desse exemplo. 

Você também observou Tom, sempre com um sorriso no rosto, tocando você em todas as oportunidades, dizendo que te ama pelos olhos brilhantes. Porém, aquele barulho em sua cabeça persistia. Era possível que ele seria pai dos seus bebês? Como isso aconteceu? Ele sabia disso? Foi um plano dele, mesmo ter recusado a ser pai inicialmente? Haviam muitos barulhos.

Você precisava tirar aquela história a limpo.

-Você quer carona? - Tom perguntou observando você terminar de tomar café - Harrison levou as crianças na creche, e vai trabalhar comigo mais tarde, depois os monstrinhos vão me fazer companhia nas gravações.

- Não, eu quero dirigir! Só não dê muita besteira pra Lia comer, e Isa já comeu muito brócolis, insisti pra ele comer cenoura.

- Ele odeia cenoura, vai ser difícil, mas posso negociar um sorvete. - Tom disse tentando humor novamente - Amor, você está bem?

- Você tem alguma coisa pra me dizer? - você perguntou, dando a ele a oportunidade de falar com você, antes de você quebrar algumas regras da clínica de sua amiga.

- Hoje não - ele sussurrou - Mas tem algo que eu queria falar com você, amanhã, talvez?! 

Você suspirou, arrumando suas coisas.

-Amanhã pode ser tarde! 

Você saiu do apartamento, seu passos pesados como seu coração, os olhos encheram d'água e seus lábios tremeram. 

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- Eu acho que ela sabe! - Tom disse para Harrison, Lia dormia alinhada ao peito de Tom, Isa se manteve agarrado ao braço dele. Depois do almoço, as crianças adormeceram ali mesmo, sobre os carinhos de Tom.

- E você está pronto pra isso? - Harrison perguntou.

- Não, estou com medo - Tom declarou com o peso de sua consciência o esmagando - Não quero perdê-los!

- Então, você vai admitir o que fez, depois vai ouvir, pedir desculpas e ter paciência - Harrison aconselhou - E eu também, me sinto cúmplice.

- Harrison, pode ligar pra ele? - o castanho perguntou - É a única pessoa que ela vai confiar, ela vai desconfiar de todos, mas Paddy não estava aqui, e…

- A ligação deles é diferente! - Harrison completou, lembrando do terno carinho que você e Paddy tinham - Assim que você disser, eu ligo pra ele.

Harrison observou Tom começar a chorar, soluços baixos enquanto abraçava seus filhos, e declarava seu amor incondicional enquanto adormecidos.

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- Olá, a Miriam está? - você perguntou, mesmo sabendo que ela não estava.

- Não, ela ainda está no almoço, mas você pode esperar na sala dela - o recepcionista disse, reconhecendo você - Ela vai gostar da sua visita.

- Obrigada, George - você sorriu entrando na sala.

Fechando a porta atrás de você, lembrou da primeira vez que esteve ali. Tom tinha recusado a começar uma vida com você. Lembrava da dor em seu peito, você o amava tanto, e sentia que ele amava você ainda mais. Ainda assim, por algum motivo, ele recusou.