Capítulo 6

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_Diário de Bordo_
[Dia 11 de Novembro de 1918]
[51 meses e 11 dias de guerra]

J U N G K O O K

Em pouco mais de um ano, eu e Jimin nos adaptamos bem à floresta, aprendemos a sobreviver e a buscar o nosso próprio alimento.

A Trix também cresceu, a raposinha é a nossa maior aliada principalmente na hora da caça, ela sempre trás de volta consigo alguma lebre, camundongo, ou alguma ave pequena para nós depois de se alimentar.

Nós dois contamos todos os dias que passamos aqui para não nos perdermos nas datas, também para eu conseguir me lembrar do dia exato das datas importantes para colocá-las no meu futuro diário de bordo.

Algumas coisas estranhas estão acontecendo comigo e com meu corpo nesses últimos meses, com frequência eu sinto umas fisgadas na virilha e uma vontade enorme de me tocar naquele lugar, de manhã eu acordo com meu íntimo estranhamente duro.

Mesmo morrendo de vergonha de falar sobre isso, Jimin acabou notando minha mudança de comportamento e pediu para que eu conversasse com ele sobre. Contei o que estava acontecendo do jeito mais atrapalhado possível, mas ele falou que aquilo é normal e acontece com todos os homens, principalmente na fase da adolescência.

Ele falou que são meus hormônios masculinos agindo em meu corpo, tanto que é por isso que eu estou crescendo mais rápido, ganhando mais massa muscular e minha voz está mudando.

Jimin não tinha chegado a essa fase ainda, mas ele estava cada vez mais bonito e criando uma aparência mais madura e... sexy, as vezes eu até ficava sem jeito perto dele quando o mesmo lançava os seus encantos em mim.

Mesmo passando por essa fase difícil de transição do meu corpo, Jimin me deu um longo sermão quando neguei dormir e tomar banho com ele na cachoeira, ele dizia que não iria se afastar de mim por causa disso e que quando essa fase também chegasse para ele, nós iríamos continuar a ser amigos e iríamos encarar isso juntos.

E eu, obviamente, me rendi ao sermão dele.

Está amanhecendo e Jimin está deitado em meu peito como sempre, fui o primeiro a acordar, como faço todos os dias, para esperar o meu bagulho entre as pernas deixar de ficar duro.

A Trix já está bem crescida e deitada do meu outro lado com a barriga para cima. Ela está tendo algum sonho, pois está me cutucando com sua patinha traseira.

Já faz quase um mês que eu não escuto um bombardeio sequer, dentre todas as pausas longas entre os ataques, essa foi a mais longa de todas, eu até suspeito que a guerra tenha acabado.

Mas como é que isso iria acabar? Foram tantas mortes, tanto sangue jogado no chão, tantos corpos que poderiam cobrir um terreno inteiro... como que isso tudo poderia simplesmente acabar?

Eu nem sei mais o que pensar, só quero ficar aqui nesta floresta protegido de tudo junto com o Jimin e a minha bolinha de pelos laranja chamada Trix.

Não demorou muito para que Jimin acordasse com a luz da alvorada iluminando a caverna inteira, ele se espreguiça em cima de mim e puxa o cobertor para cobrir até a metade de seu rosto.

— Jimin? — o chamei baixinho. — Está acordado?

— Hurum. — murmurou rouco. — Bom dia, Kkyu.

— Bom dia. — lhe puxei para dar um beijo casto em sua testa exposta. — Dormiu bem?

— Dormi, só senti um pouco de frio essa noite, minhas mãos e meu nariz estão frios.

Diário de Bordo - jjk & pjmWhere stories live. Discover now