Capítulo 19 - Angra pt2

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" Possessividade não é outro nome para amor. "
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Diego começa a descer meu vestido e eu simplesmente fico apavorada, essa não é a primeira vez que ele faz isso sem minha permissão.

Ele coloca a mão no meu pescoço com força fazendo eu ficar com falta de ar. Eu fiquei com tanto trauma na última fez que ele fez isso comigo que eu evitava o máximo discutir com ele.

- Sua boca é tão linda. - Ele fala desabotoando seu zíper.

Tento tirar sua mão do meu pescoço mas é impossível já que ele é mais forte do que eu.

- Alguém me ajuda!! - Grito alto e começo a chorar.

- Ninguém vai te ouvir, estamos no meio da praia e todos estão dormindo. - Fala. - Abaixa minha calça! - Começo a descer ela lentamente na esperança dele desistir disso.

- Mas que porra é essa? - Giovanni fala enquanto corre na nossa direção.

Diego me solta fazendo eu recuperar o ar que faltava. Ele me puxa me fazendo ficar do seu lado e passa seu braço em volta da minha cintura me apertando.

Começo a limpar minhas lágrimas que escorreram e Giovanni me olha entendendo toda a situação.

- Seu filho da puta! - Giovanni fala dando um soco na cara do Diego.

Os dois começam a brigar de forma violenta e eu fico paralisada olhando toda aquela cena.

Começo a chorar descontroladamente sem conseguir respirar.

Giovanni deferiu tantos socos na cara do Diego que ele estava todo ensanguentado e provavelmente com o nariz quebrado.

Eu estava apavorada, não sabia se chorava, gritava ou tentava parar os dois.

- Giovanni para!! - Tentei tirar ele de cima do Diego mas não deu certo já que ele batia no Diego sem parar que nem fazia esforço pra revidar. - Sai de cima dele caralho!! - Grito e puxo o braço dele e ele sai de cima do Diego.

Eu nunca tinha visto Giovanni desta forma, seus olhos esbanjavam fúria e ele estava com a mão sangrando.

- Sua boca tá sangrando! - Giovanni fala passando o dedão no meu lábio fazendo eu gemer de dor.

E no calor do momento me joguei nos braços do Giovanni. Ele me envolveu nos seus braços com firmeza e desabei em lágrimas apertando ele com força.

- Sua vagabunda! - Diego fala se levantando do chão. - É com ele que você estava me traindo? - Ele ri passando a mão no rosto sujando ela de sangue.

- Por favor vai embora, olha o que você fez comigo, meu pai vai querer te matar! - Falo.

- Eu vou cuidar de você! - Giovanni fala segurando minha mão e me guiando para sua casa.

Eu estava tão em choque que não consegui absorver o que tinha acabado de acontecer e quando vi já estava no banheiro com o Giovanni. Eu estava sentada na pia e ele estava limpando o sangue da minha boca.

- Como você consegue se permitir a passar por isso? - Fala passando atentamente o algodão na minha boca. - Você não merece passar por isso!

- Eu também não sei, isso já aconteceu antes e toda vez que acontecia eu ficava apavorada.

- Você sabe que isso é estupro não sabe? - Pergunta.

- Eu sei! - Falo de cabeça baixa.

- Você já denunciou ele?

- Nunca tive coragem! - Diego falou que se eu denunciasse ou qualquer coisa ele me mataria, ele me torturou de todas as formas psicológicas possíveis. Porém só percebi depois que abri os olhos em relação ao nosso relacionamento.

- Quando a gente voltar eu faço questão de te levar para delegacia para denunciar e se você não fizer eu faço por você! - Fala rígido.

- Deixa eu cuidar da sua mão! - Falo olhando para sua mão ensangüentada.

Ele lava a mão dele e passa um antisséptico e depois enrola em uma faixa.

- Quando eu era adolescente costumava brigar na escola e como eu não queria que minha mãe soubesse eu fazia meus próprios curativos. - Fala. - Vou te ajudar a descer.

Ele me ajuda a descer da pia e eu me viro ficando de costas para ele e de frente pro espelho.

A marca da mão do Diego estava nítida no meu pescoço, está roxo e minha boca cortada. Passo as pontas do meus dedos no meu pescoço sentindo ele ficar dolorido, sinto lágrimas escorrerem sem permissão. Essa é a terceira vez que fico com marcas do Diego no meu corpo.

Odeio me ver assim tão destruída no espelho e ainda mais na frente do Giovanni.

Ele beija meu ombro e me vira para ele me puxando para um abraço apertado. E pela última vez naquela noite me permiti chorar ali nos braços do Giovanni que apenas beijava minha testa e dizia que iria ficar tudo bem.

Depois disso fomos para o quarto e dormimos juntos, sem malícia alguma. Ele fez um cafuné em mim e eu dormi sobre seu peito.

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Vcs q lutem no próximo cap, diego é um cuzão.

O melhor amigo do meu pai Onde histórias criam vida. Descubra agora