FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)

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Joyce

Vim aqui pro complexo da Coreia pro mesversario do meu afilhado com Yuri. Pqp... só Leandra mesmo, viu? Só ela! Voltou com meu compadre e tá morando aqui também.

Mas eu disse né? Sempre soube! Os dois brigam, ele faz as burradas dele, mas não se largam não, é sempre assim.

Falando em afilhado o meu é a coisa mais linda do mundo, cara. Meu xodozinho, mimo de todo o jeito. Sou louca por criança mesmo, sempre tive o sonho de ser mãe.

Ainda não fui porque Deus ainda não quis, mas já teve um tempo que eu tava querendo abeça! To ficando velha já!

Yur: Já vou. Tenho que resolver umas paradas pra festa de sexta. Vai ficar mesmo? - insistiu indiretamente pra eu ir com ele, mas eu assenti negando.

Yuri já tava meio putinho pois o Renato tava aqui e não parava de encarar a gente. Muito ridículo, sem noção... de verdade não sei qual é a dele pra tá fazendo isso.

Desnecessário, caçando confusão no relacionamento alheio com essa palhaçada. Yuri queria ir até perguntar a ele se tinha algum problema por ele tá nós encarando, mas eu que travei ele.

Joyce: Vou ficar, mas já já peço um uber pra casa!

Levei o boy até a porta, quando voltei sentei no meu lugar e fiquei lá bebendo com o pessoal. Leandra já tinha feito amizade com várias pessoas aqui, inclusive uma tal de Elida. Muito gente boa!

Leandra: Comadre? - me chamou e eu encarei. - Faz uma caipirinha lá pra gente, vai!

Joyce: Sério isso?

Leandra: Vai, tú esculacha na caipirinha. Quebra essa, tu sabe que a minha fica água pura! - disse e eu dei risada, pois é a mais pura verdade.

Entrei na casa dela e fui direto pra cozinha, luz tava apagada, quando liguei tomei um susto ao ver o outro lá que nem uma assombração.

Renato: Fica ai namoral. - disse quando eu já ia dando meia volta. - Quero bater um papo contigo. - parei, e o olhei.

Joyce: Que papo, Renato? Não tenho nenhum papo contigo não!

Renato: Coé, Joyce? Sem maldade, cara. Só uma conversa e não te peço mais nada. Quero esclarecer as coisas contigo!

Joyce: As coisas pra mim já ficaram claras anos atrás, pra mim tá tudo ok. Tenho mais nada pra tratar com você não.

Queria logo acabar com isso, queria me distanciar dele o mais rápido possível! Renato é sujo demais, não tava entendendo o porque dele estar fazendo isso agora, querendo esse papo!

Renato: Te mandei mensagem aquele dia lá cara, tu nem ligou, deu o cu como resposta. Que ódio é esse que tu arranjou de mim? Já se passaram anos!Esquece aquilo, mano. Tira essa raiva do teu coração!

Joyce: Tenho raiva nenhuma no meu coração não, ele tá puro. - menti. - Só não quero contato com você. Mas fora isso não te desejo o mal não, nunca desejei... Orei muito por você quando soube do que tinha rolado e graças a Deus que você tá bem. Mas não tinha porque eu responder aquela mensagem, sabe? Eu tenho noivo. - mostrei a aliança. - Faz sentido nenhum ficar remoendo um passado ou dando corda pra você! - falei mesmo.

Renato: Não tô pedindo pra gente voltar não maluca, nem nada disso. - falou serinho. - Só quero que nós conviva normalmente, que nem gente, mão! Só isso que eu quero mesmo. - parece que já se emputeceu e que bom por isso.

Joyce: A gente convive que nem bicho por acaso? - ri irônica - Convivemos normalmente! É você no seu canto com a tua vida e eu com a minha... simples!

Renato: Tu sabe do que eu to falando, cara! Para de se fazer de maluca, mão. Desde que a gente terminou lá tu virou a cara pra mim, me ignora, desdenha parecendo que eu sou qualquer um, eu. - eu balancei a cabeça em negativa.

Joyce: Nós terminamos? Não sei se você se lembra, mas quem deu um fim na nossa relação e me magoou da pior forma possível, foi você. Muito fácil pra você depois de anos vir aqui como se nada tivesse acontecido querer que eu aja naturalmente e que eu fique de risinho pra você. Se manca, Renato! - aumentei meu tom de voz.

Renato: Passou anos já nessa porra, cara. Eu me arrependo do que fiz, pela forma que fiz e te peço perdão. Mas você precisa entender que aquilo foi uma necessidade. Tu age como se fosse o fim do mundo! - falou e eu me estressei de verdade.