Capítulo 16 - Perdendo a esperança

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Olá, pessoal!

Boa tarde e boa leitura! ^^

.......☆

No interior da mansão Phantomhive reinava um silêncio bem vindo, o único som que Ciel escutava eram seus próprios pensamentos; pensamentos esses, que o levavam a Sebastian. Não parava de pensar no moreno.

Já havia se passado mais de um mês desde a última vez que o viu, mas os acontecimentos daquele fatídico dia ainda martelavam em sua cabeça sem parar. As palavras ditas, o choro inesperado e as declarações de amor de Sebastian para si ainda invadiam a sua mente, o fazendo suspirar com as lembranças. Infelizmente para si, o seu corpo ainda ardia em chamas ansiando pelos toques do moreno, era insano que mesmo depois de tudo, seu corpo e mente ainda desejassem o outro.

Como uma brincadeira de mal gosto, esse desejo ridículo estava mais forte do que nunca. Só podia ser um louco sádico, essa era a única explicação que tinha encontrado para justificar o desejo avassalador que tomava conta de si o fazendo querer ver, tocar, beijar e até transar loucamente com Sebastian.

Saiu de seus pensamentos quando Tanaka entrou no seu quarto com uma bandeja em mãos; observou ser o seu café da manhã. Estranhamente o mordomo pegou essa mania de ficar o mimando depois da crise de choro que teve alguns dias atrás. Sabia que Tanaka o amava como a um filho e que tudo aquilo não passava de preocupação, agradecia internamente pelos cuidados do mais velho consigo, precisava mais do que nunca desse amor e carinho; era de fato fundamental para ajudá-lo a superar suas crises de ansiedade e tristeza.

- Deveria bater antes de entrar, Tanaka-kun, eu poderia estar... Me masturbando... - Ciel disse divertido, observando a reação de Tanaka, adorava vê-lo embaraçado daquele jeito, ambos já tinham muita intimidade para aquele tipo de brincadeira.

Ciel não segurou uma gargalhada estrondosa que escapou de sua garganta, ao fitar o mordomo se engasgar com a própria saliva e ter uma crise de tosse.

- Ah, Tanaka, não precisa ficar constrangido, nós somos homens afinal, e temos nossas necessidades. - Ciel falou sorrindo fraco, mas ao fitar a face de Tanaka vermelha como um tomate, explodiu em outra gargalhada.

- Parece que alguém acordou de bom humor hoje, não é mesmo? - Tanaka disse ainda vermelho.

- Parece que sim, eu percebi que não adianta ficar aqui me lamentando da vida, pois em nada vai diminuir a minha dor; hoje pretendo voltar para a Phantomhive Toys, vou me dedicar ao trabalho e expandir ainda mais o meu patrimônio, já perdi muito tempo pensando em coisas que não posso resolver. 
- Ciel falou, sorrindo fraco.

- Você está certíssimo, meu menino, você sempre foi um garotinho muito forte, estou  muito orgulhoso de você. - Tanaka falou emocionado.

Tanaka tinha passado a acordar Ciel todos os dias com café da manhã na cama, o seu menino merecia esse mimo. Ciel ainda estava muito fragilizado, há dias que não dormia bem e não queria comer nada, percebeu que ele até emagreceu um pouco; cortava o seu coração vê-lo assim, por isso faria o possível para cuidar bem dele.

- Obrigado, Tanaka. - Ciel respondeu sincero.

- Por nada, agora deixe de me enrolar e vá comer todo o seu café da manhã. - Tanaka disse, sorrindo do bico fofo que o mais novo fez.

- Ok, mas primeiro você vai ter me contar como faz para... Você sabe... Se aliviar... - Ciel falou baixo, próximo ao ouvido de Tanaka, como se lhe contasse um segredo; tinha um sorriso travesso nos lábios.

- Me respeite, seu moleque abusado. - Tanaka falou puxando a orelha esquerda de Ciel, que caiu na gargalhada, enquanto o mordomo pintava a face de vermelho.

Nunca mais me deixe Onde histórias criam vida. Descubra agora