24| Kangs

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[POV: Fangs]

--- Está feio. - Toni diz entrando no meu quarto.

--- Acha que devo trocar de roupa? - me viro para ela. Estou usando uma roupa normal, afinal, eu e Kevin iamos apenas ao rio Sweetwater.

Estou super nervoso para o pedido de namoro. E se ele não aceitar?

--- Não, a roupa está ótima. Sua cara que estraga. - ela ri e eu lhe atiro um travesseiro à cara.

--- Eu nasci assim, mana, não dá para trocar de cara não.

--- Mas agora a sério. - ela fala. - Você está ótimo, Forgaty, o Kevin vai babar só de te ver.

--- Obrigada, Topaz. - sorri para ela. - Agora vou indo. - pego minha jaqueta dos Serpentes.

--- Boa sorte, frango! - ela grita quando eu já estou abrindo a porta.

--- Me lembre de matar a Betty por esse apelido! - grito de volta rindo e saio de casa.

Sento em minha moto e conduzo até ao lado norte, mais precisamente até à casa do xerife Keller.
O pai de Kevin acha que eu, Toni, Sweet Pea e Jughead somos criminosos só por sermos do lado sul, mas ele nunca nos falou isso na cara.

Toco à campainha e logo ele abre a porta.

--- Kev, é para você! - ele grita. - Pode entrar. - me dá passagem.

Adentro a casa que, comparada com o meu trailer, é enorme.

--- Já desço! - ouço a voz de Kev e sinto borboletas por todo o meu estômago.

--- Vocês vão onde? - Tom questiona.

--- Ao rio Sweetwater, senhor.

--- Vão ficar pelo lado norte, certo? - me forço a não revirar os olhos. Tantos anos de amizade com o filho dele e este homem ainda não confia em mim.

--- Com todo o respeito, senhor Keller, iremos onde a gente quiser e bem nos apetecer. O lado sul pode ter drogas e todas essas coisas, mas nem tudo é mau e nem todos são criminosos. Então, se puder, nem que seja por um segundo, parar de desconfiar de mim, de minha irmã e de meus amigos só por sermos do lado errado, eu iria agradecer. - solto sem pensar e vejo Kevin aparecer.

Mas que porra eu acabei de fazer? Eu nunca explodo, sou o pé no chão do grupo, e tive de dar uma de desrespeitador com o pai do garoto que vou pedir em namoro, com o mesmo ouvindo.

--- O que se está passando? - Kevin questionou, com a sua expressão inocente de sempre.

Ele é tão lindo.

--- Você não vai sair com esse garoto! Ele acabou de me acusar de preconceito! - senhor Keller falou.

--- Me desculpe... - tentei atenuar a situação. Por Kevin.

--- Me desculpe? - ele riu irônico - Me desculpe se tento proteger o meu filho de criminosos como você! - apontou para mim.

--- Eu não sou criminoso! - levantei a voz, já cansado disto. - Eu nunca ingeri ou sequer toquei em drogas, não gosto de álcool e tento sempre colocar um pouco de senso na cabeça dos meus amigos! Então, você não pode se atrever a me chamar criminoso. Não de novo. - abri a porta castanha e a bati com força, saindo da casa e deixando o senhor Keller chocado.

--- Fangs! - ouvi Kevin chamar quando já estava me colocando na moto.

--- O que quer, Kevin?

Ele não respondeu, apenas pegou o capacete reserva da minha mão, se sentou atrás de mim na moto e passou seus braços pelo meu tronco, se segurando. Senti meu estômago se desfazer em borboletas e meu coração bater mais forte a cada segundo.

--- Vamos. - ele falou.

Sem dizer mais nada, liguei a moto e conduzi em direção ao rio.

Chegando lá, saimos da moto. Eu não tinha exatamente um plano do que fazer e fui praticamente obrigado a fazê-lo hoje pelos mongóis dos nossos amigos.

--- Chegamos. - eu disse, saindo da moto enquanto retiro o capacete. Ele saí de seguida, me entregando o seu. Os prendo na moto.

Começamos a andar na margem, tinha estacionado bem perto do rio.

--- O que aconteceu? - ele pergunta.

--- O quê? - o olho confuso. Ele olha para a frente.

--- Lá dentro, o que meu pai falou? - engoli em seco.

--- Basicamente repetiu que eu, o Pea, o Jug e a Toni somos criminosos. Tudo isso baseado na nossa roupa e no local onde moramos. - disse e ele suspirou.

--- Me desculpa por ele. Ele só está preocupado por causa das drogas e essa coisas.

--- Mas que porra Kevin! Somos amigos há 7 anos e você sabe bem que eu nunca cheguei perto de nada desse tipo! - puxei meus cabelos com força, já cansado.

--- Eu sei, eu sei! Eu não estou te acusando, apenas dizendo a lógica idiota dele. - Kev falou e ficamos em silêncio por uns minutos, apenas a caminhar. - Por que me chamou aqui?

Meu coração, que já batia forte, parecia que ia saltar do peito. Toda a coragem que eu poderia ter se esvaiu e as minhas mãos começaram a suar.

--- Por nada. - dei de ombros, tentando parecer indiferente. Ele riu e eu frazi a testa. - O que foi?

--- Peça logo, eu vou dizer que sim. - ele olhou sorrindo divertido para mim, me deixando cada vez mais confuso.

--- O quê? - pergunto.

--- Me peça logo em namoro, eu vou aceitar. - paraliso.

--- C-como você sabe? - gaguejo.

--- Quando eu estava na casa dela, com eles dois, a Betty deixou o celular no criado-mudo enquanto ia fazer uma "coisa" - ele faz aspas com os dedos - à cozinha. Jughead desceu para ter com ela logo depois. O seu celular começou a brilhar com mensagens do grupo e eu não aguentei e tive de ver do que falaram quando me tiraram. - ele sorri me deixando em choque.

--- E-eu...não sei o qu-e dizer. - me enrolo.

--- Não precisas de dizer nada. - Kevin se aproxima e coloca suas mãos no meu rosto. Faço o mesmo e juntamos nossos lábios.

Eu não sabia do quanto necessitava do seu beijo, até o ter.















entaooo, eu sei que dei uma sumidinha e não tenho nenhuma explicação razoável, foi apenas preguiça rs
enfim, amo vcs, bjs 😗✌🏻

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