Capítulo 15 - Ano Um

264 14 11
                                    

Acendi as velas em cima da mesa arrumada e dei uma última olhada na casa antes de abrir a porta. As rosas estavam jogadas no chão indo estrategicamente até a mesa de jantar e de lá para o meu quarto, todas as velas do apartamento estavam acessas e a caixa com o presente estava posicionada certinho no sofá. Ajeitei a gola da camisa que ela tinha me dado de aniversário, um presente que ela considerou extremamente engraçado e talvez um pouco ofensivo, segundo ela, pois a estampa era repleta de gnomos e garrafas de cerveja.

Peguei o buquê enorme de girassóis, as flores favoritas dela, e o escondi atrás de mim para finalmente abrir a porta, dando de cara com a minha namorada impaciente e com o celular na mão, provavelmente prestes a me ligar.

- Boa noite, senhorita Thompson. – falei cordialmente e ela começou a rir.

- Não acredito que você tá usando essa camisa ridícula. – ela disse rindo – Eu estava brincando, falei que você podia trocá-la.

- Eu gostei. – falei sincero – É engraçada, se a pessoa me conhecer e souber que sou irlandês, e também um pouquinho só ofensiva e estereotipada.

- Exatamente por isso que não é pra você usar. – ela passou os braços pelo meu pescoço e me beijou – Acabou a força? – ela olhou por cima do meu ombro e neguei com a cabeça.

- Vamos entrando. – dei passagem para ela que ficou olhando para o apartamento com uma expressão de surpresa no rosto.

- O que é tudo isso? – ela me olhou em choque.

- Isso é para você. – lhe entreguei o buquê de girassóis e seus olhos encheram de lágrimas.

- Não estou acreditando que você fez tudo isso para comemorarmos um ano de namoro. – ela me beijou – Eu nem te comprei nada. – ela fez bico.

- O buquê? Isso não é presente, só faz parte dessa experiência imersiva que teremos essa noite. – falei empolgado – O que você quer primeiro: jantar ou seu presente?

- Então temos um presente para uma namorada que não vai te presentear?

- Sim. – assenti – Só para dar ênfase que você não me comprou nada.

- Para com isso que vou me sentir mal. – ela fez biquinho e beijei-a rapidamente.

- É essa a intenção. – dei uma piscadela – Vamos lá, eu decido por você. Presente. – sorri largamente e a guiei até o sofá.

Me sentei na mesa de centro com a caixa em meu colo e Carrie ficou me olhando impaciente.

- Você tem duas chances de adivinhar o que é. Se você não acertar, eu vou nomear algo.

- Nomear o que? – ela me olhou confusa.

- Você vai saber. – dei de ombros – Agora vamos lá. O que você acha que é?

- Hum. – ela mordeu o lábio e semicerrou os olhos – Um sapato?

- O que? Porque diabos você acha que eu ia te dar mais um par de sapatos quando você já tem milhares?

- Eu não tenho milhares. – ela revirou os olhos – Talvez o suficiente para usar um sapato diferente por mês, mas enfim... É algo que eu pedi?

- Não.

- É um gnomo feito de porcelana segurando um copo enorme de cerveja e usando uma cartola e roupinha verde. – ela disse empolgada e comecei a rir.

- Como você foi específica, meu Deus.

- Vai logo, o que é, estou curiosa.

Coloquei a caixa em seu colo e ela puxou o laço lentamente, dando um grito de surpresa quando abriu a caixa e uma cabecinha bem pequena se levantou. Carrie olhou para mim e depois para o cachorrinho sem acreditar naquilo.

St. Patrick's DayOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz