Capítulo setenta - Hugo

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– Não consigo entender onde que erramos com você, Hugo! Eu sinceramente não consigo entender! – dona Maria Eduarda Ashton, mais conhecida como minha mãe fala na minha frente

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– Não consigo entender onde que erramos com você, Hugo! Eu sinceramente não consigo entender! – dona Maria Eduarda Ashton, mais conhecida como minha mãe fala na minha frente.

– Já pararam para pensar que não erraram? – pergunto.

– Não erramos? – seu Noah é quem fala dessa vez – Você estuprou Catherine, transou e gravou um vídeo com Gabriele, a ameaçou, acaba de dar uma declaração comprometedora sobre o passado de Mason, pode ter acabado com a imagem dos Walker! Se isso não é um sinal de que erramos, o que acha que fizemos?

– Eu fiz o que o senhor deveria ter feito. – dou de ombros, me acomodando melhor na poltrona da sala.

– O que seu pai deveria ter feito? – minha mãe intercala o olhar entre nós dois – O que você quer dizer com isso?

– Estou lutando pela minha garota! – esclareço o óbvio.

– Lutando por sua garota? Lutando por Catherine? – meu pai me encara – Você acha que eu deveria ter lutado por Camila, não é?

– Claro que o senhor deveria ter lutado pela tia Camila. – levanto da poltrona – O senhor tem noção do que abriu mão? – percebo o olhar magoado de minha mãe – O senhor preferiu a deixar para o tio Rian, mesmo gostando dela, porque achava que ambos foram "feitos um para o outro", uma porra isso pai! Tudo poderia ser diferente!

– Tudo seria diferente, você não existiria, seu irmão não existiria e eu não seria feliz, merda! Eu estaria mentindo para mim mesmo!

– O que o senhor está dizendo? – O olho sem entender – Desde que aprendi a discernir as coisas escuto as brigas de vocês! Desde que sou adolescente sei o que o senhor sente ao vê-la! Desde sempre sei o que é ter que esquecer quem ama porque outra pessoa chegou antes!

– Eu amo sua tia, Hugo, Camila é uma mulher brilhante e minha melhor amiga e quando eu tinha mais ou menos a idade de Cecília e Catherine, eu realmente acreditava que esse amor era carnal, que era de homem e mulher, entretanto com o passar dos dias fui reparando como Rian e ela se olhavam, não vou mentir dizendo que não me incomodava, incomodava muito, magoava muito, mas quando você ama alguém, você quer o melhor para ela e para Camila, o melhor era o Rian!

– Como o senhor pode ter certeza? – pergunto mesmo vendo a sinceridade em cada palavra proferida por ele.

– Porque eu descobri o que era amor quando conheci melhor sua mãe. – Ele sorriu para a dona Maria Eduarda – Quando nós saíamos, meu objeto era fazê-la sorrir, quando dormiámos juntos meu objeto era dar prazer a ela, quando conversávamos, era saber o que ela achava e pensava. Você pode achar que ainda sinto algo por Camila, mas eu lhe garanto com certeza que meu coração é de sua mãe, porque eu e ela criamos um amor aos poucos, filho. Nós aprendemos juntos o que significava amar outra pessoa!

– E mesmo assim ainda brigam por tia Camila! – debocho.

– Eu brigo com seu pai, porque quando você ama, você sente ciúmes, é estranho presenciar meu marido rir e ter tanta intimidade com outra mulher, Hugo, mas apesar de tudo, eu sei que ele não me deixaria, faço nossas brigas mais por sexo de reconciliação do que por ciúmes.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now