Nossa Zoe

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Tá, 4 mêses de gravidez e eu já estava tão cansada, meu pai tinha diminuído meu horário de trabalho , o que era uma tortura para mim, eu amava o meu trabalho mais se meu pai já era super protetor isso tinha triplicado com minha gravidez.
Fora isso minha vida estava resumida em trabalhar meio período,  muitas lojas de bebê , conversar com Diana e por incrível que pareça algumas conversas com Eduardo, a verdade é que tínhamos até programado uma ida ao shopping naquela tarde , e sim eu estou enlouquecendo mesmo , mais o que posso fazer deixar ele montar um quanto horrendo para minha filha na casa dele, jamais minha filha teria o melhor se dependesse de mim e se isso significava aturar o pai dela por algumas horas,  valia a pena.
- Vai sair querida? - meu pai perguntou enquanto eu procurava a droga do meu celular na bolsa, mais ao que parecia ele tinha resolvido sumir olhei para meu pai enquanto ainda vasculhava minha bolsa, ele estava sentado no sofá assistindo um filme que ao que tudo indicava havia sido escolha da minha mãe, era até engraçado ver meu pai Sebastian O'connor sentado no sofá em pleno sábado assistindo filmes
- Vou sim papai, cadê a mamãe? - ele me olhou com as sobrancelhas erguidas
- É o quê te faz achar que sua mãe está aqui? - eu sorri
- Pra começar,  o filme denuncia, mamãe já o viu não sei quantas vezes, e depois se ela não estivesse você com toda certeza estaria com a cara enfiada no trabalho - papai sorriu sabendo que era verdade
- Ela está na cozinha , foi fazer pipoca .
- A que bom, bom filme pra vocês - falei desistindo de procurar o meu celular , peguei o telefone de casa
- Não me falou pra onde vai - meu pai questionou enquanto eu ouvia o primeiro toque do celular do outro lado
- Vou ao shopping com o Eduardo - falei olhando para meu pai
- É mesmo, você não vai mata-lo não né - Eu sorri
- Papai!!
- Não me julgue , você detestava o cara até pouco tempo então estou mais do que surpreso de ver você indo ao Shopping com ele por livre e espontânea vontade.
- Só vou ao shopping papai, não me casar com ele, além do mais não odeio o Eduardo.
- É muito bom saber disso - quando Eduardo tinha atendido a celular que eu não tinha percebido,  droga
- Não vai se achando, eu não guardo rancor no coração de ninguém - ele sorriu do outro lado da linha, enquanto meu pai me olhava com olhar de interrogação
- Eu tenho que discorda , você foi horrível comigo nos últimos mêses.
- Como se você não tivesse feito por merecer.
- Bingo, aliás porque você está me ligando de número fixos?
- Porque não encontrei meu celular - o ordinário sorriu
- Qual é o seu problema com o celular em?- revirando os olhos, sim ele não estava me vendo mais o que importava - É não revire os olhos para mim.
- É quem disse que eu fiz isso - ele sorriu novamente - agora deixe de gracinhas e velha me pegar logo, não estou afim de dirigir.
- Eu não ouvi um por favor.
- É nem vai ouvir Eduardo,  agora cuida - não esperei ele dizer nada apenas desliguei,  quando olhei pro meu pai ele estava com um sorriso de quem sabia mais do mundo do que qualquer um
- Que sorriso e esse?
- Nada querida, nada - minha mãe voltou para a sala, e após quinze minutos a buzina suor - bom passeio filha.
- Isso não é um passeio papai, e só um .... agente só vai compra algo para nossa filha.
- Se você diz.
- Aff, você as vezes parece uma criança papai.
- Deixa a menina Sebastian , vai com cuidado querida.
- Obrigado mãe,  vejo vocês mais tarde - falei saindo , encontrei um Eduardo diferente do habitual  do lado de fora com roupas casual bermuda e blusa polo , tênis e óculos escuros,  eu estava acostumada o ver só de terno e gravata, ele me avistou e abriu um pequeno sorriso era estranho, Diana sempre me dizia que ele era sério ,mais tirando a vez que ele foi um cretino comigo, o Eduardo que eu conhecia estava sempre de bom humor e isso as vezes me irritava, mais também me deixava intrigada.
- Oi, vamos lá alteza - ele falou abrindo a porta do carro para mim
- Agindo assim até parece que você é um cavalheiro.
- Eu sou um cavalheiro para sua informação.
- Não tive vislumbre dele ainda - falei entrando no carro ele sorriu e levou a mão ao peito
- Assim você me ofende - ele fechou a porta e deu a volta sentando no banco do motorista  - então vamos as compras,depois de vinte minutos no trânsito, nós estávamos no shopping percorremos várias lojas, estávamos na de móveis agora
- Aquele berço e lindo Eduardo - falei olhando para um pequeno berço delicado havia pequenas rosas entalhadas na Madeira do mesmo, ele era branco com alguns toques da cor rosa - você não acha?
- É mesmo muito lindo - me voltei pra ele é ele me olhava com um olha de ternura, serrei as sobrancelhas, mais então ele se voltou para a vendedora que estava praticamente comendo ele com os olhos mais ele se voltou para mim novamente  antes de falar algo a ela - você gostou mesmo?.
- Gosta e um eufemismo, eu amei - ele sorriu e se voltou novamente a vendedora
- Irei ficar com esse.
- Algo mais senhor - era até divertido vê ela se jogar pra cima dele.
- Não apenas isso - ela pareceu decepcionada mais se afastou com ele indo até o caixa pagar
- Você deveria ter dado seu número pra ela - falei enquanto andávamos lado a lado
- Pra quem?
- As vezes eu me pergunto se você se faz de tonto ou se é tonto mesmo.
- Qual é da ofensa grátis?
- Estou falando da vendedora Eduardo, ela praticamente implorou pra que você a levasse para casa também,  vai dizer que não percebeu.
- Não prestei atenção, além do mais ela não faz o meu tipo, não gosto muito das morenas eu prefiro as loiras sabe.
- Que seja, será que a gente pode ir comer agora, estou ficando azul de fome.
- É claro, vamos lá - então seguimos para a praça de alimentação, e embora eu precisasse urgentemente comer comida saudável,  naquele momento eu só estava afim de um hambúrguer com batatas e um guaraná
- Você devia pegar leve, isso não é muita gordura.
- Eduardo Bitencourt você quer que sua filha naça com cara de hambúrguer .
- Não está mais aqui quem falou - ele levantou as mãos em forma de rendição - você já pensou em um nome?
- O quê?
- Pra nossa filha .
- Ah, na verdade sim , você quer ouvir ?
- É claro.
- Zoe - ele ficou pensativo como se tivesse analisando a sonoridade - você não gostou?
- Na verdade é um bonito nome, mais porque ele?
- Bem mamãe sempre me dizia que um filho e a vida de uma mãe,  eu nunca tinha entendido todo o sentido por trás disso, não até ficar grávida, então eu queria um nome que desse significado a esse sentimento,  e Zoe foi perfeito porque significa vida, e ela possou a ser a minha, mais se você não gostou a gente pode pensar em outro.
- Mais eu gostei, ela também é a minha vida estou renascendo nela - ele se aproximou e levantou a mão - eu posso tocar na sua barriga?
- É claro - É então ele pousou a mão nela
- Estou renascendo em você filha - ele sussurrou para minha barriga, então com a mão na mesma ele olhou para mim - a nossa Zoe.
- A nossa Zoe...

Bom domingo,  e bom capítulo até a próxima
Beijos ⭐😍😘

Um Amor Por AcidenteWhere stories live. Discover now