but we went right back to your games; 3

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Um mês se passou e Jeongguk considerava aquele o melhor mês de sua vida.

O mês em que as conversas do lado de fora da loja de conveniência se tornaram encontros clandestinos para que pudessem dar uns pegas e aproveitar as mãos bobas.

As quatro batidas deixaram de ser apenas noturnas e surpreendiam Jeongguk a qualquer hora do dia.

Os jogos de videogame acabavam com os dois enrolados nos cobertores, trocando beijos hora quentes, hora carinhosos.

As noites observando estrelas no parque continuaram, mas se multiplicaram para tardes de piqueniques, correr um atrás do outro na chuva e cochilos no fim das frias tardes, sob a sombra da grande árvore.

Os desenhos que Jeongguk fazia de Taehyung passaram a ser com o modelo vivo – esse que fazia questão de fazê-lo rir com suas poses exóticas e divertidas, e depois pedia para ter a maioria dos desenhos. E os desenhos que fazia sobre a pele do braço do castanho, evoluíram para desenhos em todo o abdômen de cor acobreada, ou até mesmo nas costas ou no pescoço.

Taehyung amava ser a tela para as artes de Jeongguk. Amava chegar em casa e ver as marcas de caneta preta que ele deixava em seu corpo toda vez que se viam. Amava admirá-lo desenhando e o quão concentrado ele ficava, para não errar um traço sequer. Via a paixão nos olhos de Jeongguk e ficava feliz em poder proporcionar isso a ele.

Dividir um cobertor com Taehyung, sentados na parte de trás da caminhonete dele enquanto ouviam música, comiam balas de morango e tomavam refrigerante se tornou um dos programas favoritos de Jeongguk. Eram nessas noites que apreciavam as estrelas enquanto o mais velho cantava junto com a letra da maioria das músicas da sua playlist. Jeongguk nunca se cansava de ouví-lo. Quando fechava os olhos, se sentia flutuando com a voz de Taehyung ao pé de seu ouvido, lhe sussurrando letras de músicas quase sempre românticas.

Foi em um desses momentos que uma questão lhe veio à cabeça e o deixou um pouco confuso. Pensou em perguntar, mas ficou com medo da reação de Taehyung e resolveu apenas guardar para si. Não queria estragar algo que estava bom, muito menos por pressão nele.

Estava sentado entre as pernas do Kim, tomando seu refrigerante preferido, e os braços dele repousavam em volta de sua cintura, enquanto o ouvia cantar por cima de uma música.

— Guk? Está tudo bem? — O olhou.

— Hm... Sim. Por que não estaria? — Mordeu o lábio inferior, tentando esconder seu tom receoso.

— Você faz expressões engraçadas quando pensa demais em uma coisa.

— Não faço não! — Levantou a cabeça para ele rapidamente, com a testa franzida e viu Taehyung rir baixinho.

— Faz sim. — O castanho deu um beijinho na testa de Jeongguk. — Vamos, me fala no que estava pensando. 

— Ahn, é que... — Pressionou seus lábios. — Eu fiquei com uma dúvida na cabeça, mas não é nada demais.

— Pode perguntar.

— Não, é bobeira. — Balançou a cabeça rapidamente.

— Não é não. Vai, assim você vai me deixar curioso. — Taehyung cutucou a barriga de Jeongguk, o fazendo rir.

— Hm, tá bom. — Encarou a lata em suas mãos. — Tae, o que... O que somos?

— Como assim, Gukie?

— Nós somos namorados, ou...? — O encarou, nervoso. — Porque se você não quiser colocar nenhum rótulo, por mim tudo bem, a gente pode só-

Taehyung o calou com um beijo.

— Calma, Jeongguk. — Riu fraco ao se separarem. — Eu sou seu namorado. Se você quiser, é claro.

Strawberries and CigarettesWhere stories live. Discover now