Killing Boys - Yoonseok

1

O frescor da brisa do outono invadiu o ambiente empurrando as janelas duplas que quase iam até o piso de madeira, o vento balançou as longas cortinas brancas. O cheiro de campo junto de pequenas folhagens e pétalas violetas correram a corrente de ar, elas foram levadas para dentro do corredor largo — inteiramente decorado por quadros com diversas fotografias em preto e branco, elas são emolduradas na cor escura contrastando com o ambiente claro — a correnteza perdeu a força deixando as pétalas caírem no chão, elas deslizaram por debaixo da porta fechada.

Sobre o colchão macio na cama de metal reforçado, o corpo jovem se mexia suavemente, começando a dar sinais do despertar. Ele ergue a mão, deixando a pele inexpressiva de cor ser beijada pela luz solar da manhã. Em uma tentativa de permanecer na cama, ele rola e abraça as próprias pernas, os joelhos batem no peito, escondendo a própria existência cansada de anteriores atividade, o tecido abriga por mais alguns minutos até bocejar e com um esforço divino, ele ergue a cabeça — em cima da cômoda ao lado, um relógio digital mostra em vermelho "9:40" horas — o garoto crispa voltando a deitar na cama, o teto precisava de novas cores, pensou observando o lustre de metal polido que sustentava cinco lâmpadas na horizontal do teto de gesso, sancas criam uma moldura única no quarto. Choramingo. O garoto chuta o grosso cobertor do corpo, com os pés no chão, ele anda com cuidado, ainda bêbado do sono, contudo sua sonolência é roubada pelo cheiro adocicado de flores, tais flores cobriam o chão.

"Vocês não deveriam ter florescido, não agora'' Ele segura uma pétala de flor entre os dedos, depois pegando as demais e as colocando na mesa acoplada à parede.

Ele se direcionou caminhando até a janela e ali permaneceu ajoelhado em um assento estofado com travesseiros, em baixo vinha um colchão largo na horizontal. Ele abre finalmente a cortina, com o corpo inclinado e os cotovelos apoiados na madeira da imensa janela dividida em três partes, duas pequenas são sub-janelas em ambas as laterais. As árvores cobrem o horizonte da vista, seu quarto fica no segundo andar.

— Yoonie!

Alguém grita o nome do garoto que tratou de procurar quem o chamava. Min Yeunri, sua irmã gêmea, estupidamente semelhante, acenava coberta por graxa em suas roupas arregaçadas até o cotovelo, um boné na cabeça e sua aba virada para trás. Yoongi reconheceu as peças, eram do seu pai, por serem largas e as botas estarem gigantes nos pés da garota.

— Desce! Mamãe fez o café especial! — Ela soou animada. Yoongi balança a cabeça meio sonolento, mas consegue compreender o pai gritar pela garota. Yeunri corre para a garagem mandando beijos para seu irmão.

Yoongi ri com a empolgação da irmã, seu pai por outro lado parecia estar estressado pedindo aos gritos para que ela pegasse ferramentas rapidamente.

Yoongi então se move deixando o quarto aconchegante com a pétala na mão, o lilais corre como uma aquarela pela estrutura e passou ganhando outros tons de azul em degradê delicado do preto nas bordas, sua extremidade do interior da pétala era vermelha indicando o miolo em sangue. Yoongi desce a escadaria, aos poucos pode ouvir melhor a voz de uma mulher mais velha. Ela cantava alguma música melancólica romântica na cozinha ampla. Talvez tivesse tocado mais cedo no rádio.

— Bom dia, mamãe — Yoongi abraça a mulher alta de cabelos curtos raspados na nuca, infelizmente o garoto puxou a genética de baixa estatura da parte paterna. Min Soo Jin é uma mulher bela de feições felinas e acolhedora. O rosto magro e nariz pequeno combinava com as maçãs do rosto rosado, uma das suas características marcantes.

Soo Jin sorri acolhedora.

— Bom dia, pequeno. Como dormiu? Os últimos dias têm sido difíceis — ela beija a testa do filho que fecha os olhos em apreciação. Yoongi apreciava demais o contato e o carinho. Ele se sentou na mesa e batucou os dedos em ansiedade, o cheiro da comida o fez ronronar em expectativa — Uma orquídea dos amantes mortos...